quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Mercosul e União Européia

     O processo integracionista é um fenômeno recente. Seu aparecimento se deu na segunda metade do século XX, e foi impulsionado com os acontecimentos que marcaram o final da década de 80 e o início da década de 90, a saber: a queda do muro de Berlim; a desintegração da antiga URSS e o término da guerra fria.
     Somado ao maior intercâmbio comercial entre os países, o fenômeno da globalização foi igualmente outro fator que beneficiou o processo integracionista, a tal ponto que, "devido a ela, a atual tendência na sociedade internacional é que os países busquem a formação de blocos regionais econômicos, visando à intensificação do comércio entre seus mercados, para obterem maior fortalecimento econômico e enfrentarem a concorrência internacional". (1)
     Um dos motivos da formação dos blocos econômicos é a "exceção à aplicação do princípio da cláusula da nação mais favorecida", segundo a qual, as concessões e benefícios que vigoram no espaço econômico integrado não precisam ser concedidos aos Estados que não compõem o bloco. Essa exceção constitui uma forma de protecionismo regional, que, aliás, é reconhecida no âmbito da Organização Mundial do Comércio, como sendo uma prática lícita.
     Por outro lado, a cláusula da nação mais favorecida constitui uma das principais regras da OMC, antigo GATT (General Agreement on Tariffs and Trade), segundo a qual, em prol do princípio da reciprocidade, toda e qualquer vantagem comercial concedida por um país a outro deverá automaticamente ser estendida aos demais Estados que integram o bloco.
     No plano da OMC, ambos os princípios acabam por se complementar. Enquanto o primeiro favorece o regionalismo econômico, o segundo favorece o multilateralismo econômico.
     Os processos de integração do Mercosul são pautados pelos princípios do DIP, enquanto que, no caso da UE, são pautados pelos princípios do Direito Comunitário.
     Em face disso, na União Européia a aplicação das normas comunitárias não depende da sua inserção nos ordenamentos jurídicos internos dos Estados, tendo em vista a supremacia do Direito Comunitário. 
     Já no caso do Mercosul, como o seu mecanismo de funcionamento é pautado pelos princípios do DIP, segundo o qual não existe supremacia dos interesses do bloco econômico, cuja tomada de decisões, por consenso e com a presença de todos os membros, consiste na chamada "coordenação de soberanias". A consolidação do mercado comum é pautado pelos princípios da flexibilidade e da gradualidade.
   A supranacionalidade e a delegação de competências soberanas são características presentes no ordenamento jurídico comunitário; já a intergovernabilidade é um elemento característico do Mercosul. 
     O principal elemento em um processo integracionista é o aspecto político, pois é por meio dele que os Estados buscarão alcançar um maior desenvolvimento econômico, social, cultural etc. 

NAFTA

     Possui finalidade eminentemente comercial, sua vontade política restringe-se a essa finalidade, consequentemente não logrou desenvolver a integração dos países; nele, a vontade política dos Estados que o compõem não pretende proceder a um aprofundamento da integração: limitam-se a benefícios puramente econômicos; devido a essa falta de integração mais profunda, o bloco econômico se encontra no estágio de zona de livre-comércio.

União Européia

    O desenvolvimento do processo integracionista europeu teve início com a assinatura do Ato Único Europeu, em 17-02-1986, que entrou em vigor em 01-07-1987.
     De início a sua formação foi compulsada por razões econômicas e pacifistas, somente. Logo após, em decorrência da vontade política de seus Estados-membros, o processo integracionista amplia-se para o mercado comum.
     Fundamenta-se a União Européia em três pilares:

  1. primeiro, um mercado comum, representado pela comunidade européia;
  2. segundo, assunto de cooperação relativo à defesa externa comum e,
  3. terceiro, cooperação policial judiciária em matéria penal e civil.
     O Mercado Comum foi consolidado com a instituição do tratado de Maastrich (1992), que procedeu a uma revisão do tratado de Roma (1957), e se ocupou também de outras questões, entre as quais a econômica, gerando reflexos nos mais diversos âmbitos comunitários e culminando no processo de adoção de uma moeda única através do Tratado de Amsterdã (1997).
     Em 2001, consolida-se a reforma institucional do bloco econômico com a celebração do tratado de Nice, que adequou seus órgãos à entrada dos novos 10 países.

     Nesse momento, importa fazer uma diferenciação entre os conceitos de integração e cooperação.
    Na cooperação, os Estados se associam com a finalidade de obter vantagens meramente econômicas, o que segue que os benefícios somente aproveitaram a eles. Não há um aprofundamento na política comum entre eles. Já com respeito à integração, ela visa primordialmente a eliminação das desigualdades, em suas mais diversas faces: na comercial, por exemplo, com a eliminação de barreiras alfandegárias; os países buscam um maior aprofundamento político, com a aplicação de políticas em conjunto, que visam benefícios à sociedade.
     
Zona de livre-comércio

     É conceituada como um espaço criado pelos Estados, mediante a supressão de barreiras tarifárias e não-tarifárias. Em âmbito interno, possibilita maior intensificação no comércio entre os mercados; enquanto no âmbito externo não existe uma política comum de exportação e importação de mercadorias, e cada Estado negocia individualmente com os demais países fora do bloco econômico. Exemplo: NAFTA.
     
Modelo de união aduaneira

     Além das características presentes na zona de livre-comércio, os Estados adotam política comum para importar produtos para o mercado do bloco econômico, incluída uma tarifa de importação, a chamada "tarifa externa comum" (TEC), que, uma vez paga, permite a circulação dos produtos nos países do bloco sem pagamento de outros tributos, da mesma forma que ocorre no Benelux. O bloco econômico adquire a personalidade jurídica de Direito Internacional Público, podendo, portanto, celebrar tratados com outros Estados ou blocos econômicos.

Mercado Comum

     Às características enumeradas nos dois modelos precedentes agrega-se a livre circulação dos fatores de produção - bens, serviços, capitais e pessoas -, sendo necessário que os Estados tenham uma harmonização em relação às políticas que fazem parte deste estágio de integração.

CECA

     A CECA (Comunidade Européia do Carvão e do Aço), criada através do tratado de Paris, remonta ao período posterior à adoção do Plano Marshall, entrou em vigor em 23 - 07 - 1952 integrada pela Alemanha, França, Bélgica, Holanda, Itália e Luxemburgo. A intenção da formação desse bloco econômico foi conter as disputas e evitar novos confrontos bélicos, através da "fusão" dos mercados do aço e do carvão dos Estados alemão e francês, respectivamente.
     Com a CECA criou-se a primeira instituição dotada de características de supranacionalidade no processo integracionista europeu, a chamada "Alta Autoridade".
     Compunham a estrutura da CECA, além da Alta Autoridade, os seguintes órgãos: Assembléia Comum, Conselho Especial de Ministros e Tribunal de Justiça.
   O tratado de Roma, celebrado em 25-03-1957, instituiu duas outras novas comunidades, a CEE (Comunidade Econômica Européia) e a EURATOM (Comunidade Européia de Energia Atômica). Com a assinatura desse tratado, os três organismos, CECA, EURATOM e CEE, passaram a constituir o ordenamento jurídico do chamado "Direito Comunitário".
    Estruturalmente, a CEE e a EURATOM estavam assim definidas: Assembléia, Conselho, Comissão e Tribunal de Justiça, cada comunidade composta por instituições independentes. Posteriormente, através do Tratado de Fusão, assinado em Bruxelas, em 08-04-1965, foram criados um Conselho e Comissão únicos, substituindo o Conselho de Ministros e a Alta Autoridade da CECA e o Conselho e a Comissão da CEE e da EURATOM, respectivamente.
      Cabe ao Tribunal de Justiça das Comunidades Européias (TJCE) atuar no âmbito das três comunidades.




(1) Gomes, Eduardo Biacchi. Blocos econômicos e solução de controvérsias. Curitiba: Juruá, 2005. p. 36.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Algumas noções de Direito Internacional Público

As Normas Imperativas  

      A Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, que entrou em vigor em 1980 regulou o jus cogens, determinando, no art. 53, que é nulo o tratado que, no momento da sua conclusão, conflita com uma norma imperativa de direito internacional geral.
     As normas de direito internacional são obrigatórias, mas somente as normas de jus cogens são imperativas. Além disso, um tratado bilateral não é apto para derrogar norma de direito internacional geral com o status de jus cogens.
     Não obstante, o jus cogens não é imutável. Ele possui um conteúdo variável,  que se ajusta aos valores predominantes em cada época.

Sujeitos do DIP


     Tradicionalmente, somente o Estado era titular de direitos e obrigações no âmbito externo. Com o decorrer do tempo, em função dos acontecimentos que marcaram o transcurso do século XX, as pessoas físicas e as organizações internacionais adquiriram a condição de sujeitos de direito internacional.
     Com relação às pessoas jurídicas, vale destacar que foram formuladas diversas teorias para tentar explicar a sua natureza. Destacamos aqui três delas:

  1. a teoria da ficção, de Savigny;
  2. as teorias realistas, tendo como um de seus expoentes Otto von Gierke;
  3. a teoria da instituição, de Maurice Hauriou
1. a teoria da ficção, propugnada por Savigny, afirma que a pessoa jurídica é um ente artificial criado pelo direito. Uma vez que o ordenamento permitia a sua atuação somente para atingir fins lícitos, entendia-se que ela não teria capacidade delitual, e, sendo um mero artifício técnico, o Estado poderia criá-lo ou dissolvê-lo quando assim o quisesse.

2. as teorias realistas afirmavam, pelo contrário, que as pessoas jurídicas constituiriam um dado objetivo, cabendo ao direito reconhecer a sua existência. Segundo Otto von Gierke, a pessoa jurídica é um organismo que dispõe de vontade própria, a qual não se confunde com a soma das vontades individuais dos membros que a compõem.
     Para agir no plano externo são utilizados órgãos que não a representam, mas que são a pessoa jurídica mesma. Como é dotada de vontade, pode praticar atos ilícitos.

3. já a teoria da instituição, cujo desenvolvimento teve por base o estudo de Maurice Hauriou, põe em relevo que as pessoas jurídicas existem para realizar os fins que motivaram a sua criação.

Tratado de Westfália
  
     O tratado de Westfália inaugurou o princípio da igualdade entre os Estados cujas populações professassem crenças religiosas diferentes. Na verdade, o termo designa uma série de tratados de paz assinados entre maio e outubro de 1648 nas cidades de Osnabrück e Münster. Esses tratados puseram fim à Guerra dos Trinta Anos, no Santo Império Romano, e à Guerra dos Oitenta Anos, entre a Espanha e a República  da Holanda. Os tratados reconheceram as três confissões religiosas (catolicismo, protestantismo e luteranismo) no Santo Império e os príncipes conservaram o direito de impor sua religião aos seus súditos. Tratava-se portanto de uma norma de não-ingerência. 
 
Monarquia

     Quando nasce o Estado Moderno, a necessidade de governos fortes favorece o ressurgimento da monarquia, não sujeita a limitações jurídicas, donde o qualificativo de monarquia absoluta. Aos poucos, entretanto, vai crescendo a resistência ao absolutismo, já a partir do final do século XVIII, quando surgem as monarquias constitucionais. O rei continua governando, mas está sujeito a limitações jurídicas estabelecidas na Constituição. Além dessa limitação, outro fator de inibição do poder monárquico ocorreu com a adoção do parlamentarismo pelos Estados Monárquicos.

     As características fundamentais da monarquia são:

  1. Vitaliciedade;
  2. Hereditariedade;
  3. Irresponsabilidade (o monarca não tem responsabilidade política, isto é, não deve explicações ao povo ou a qualquer órgão sobre os motivos pelos quais adotou certa orientação política.
República

     É a forma de governo que se opõe à Monarquia, tem um sentido muito próximo do significado de democracia, uma vez que indica a possibilidade de participação do povo no governo.

     As características fundamentais da República são:

  1. temporariedade: o Chefe de Governo recebe um mandato, com o prazo de duração predeterminado;
  2. eletividade: na República o Chefe de Governo é eleito pelo povo;
  3. Responsabilidade
Parlamentarismo

     O Parlamentarismo foi produto de uma longa evolução histórica, não tendo sido previsto por qualquer teórico, nem se tendo constituído em objeto de um movimento político determinado. 
    O Parlamentarismo distingue Chefe de Governo e Chefe de Estado. Este identifica-se com a figura do Monarca; aquele com a do Primeiro Ministro.
     O impeachment surgiu do Parlamentarismo, quando o Parlamento, tendo conquistado relativo poder, começou a pressionar os ministros a se demitirem quando discordassem de sua política. De início, fazia-se a acusação perante a Câmara dos Comuns, alegando-se a prática de delito. Aos poucos, porém, os ministros perceberam ser mais conveniente deixar o cargo logo que se manifestasse o descontentamento do Parlamento em relação à política que estivessem adotando. Nasceu, assim, a responsabilidade política, com a obrigatoriedade da demissão do Gabinete sempre que receber um voto de desconfiança.
     Não obstante haver nascido na Inglaterra, onde coexistem a monarquia e o sistema bipartidário, o parlamentarismo foi implantado também em Estados que têm governo republicano e sistema pluripartidário.

Características do Parlamentarismo:
  1. distinção entre Chefe de Estado e Chefe de Governo. O Chefe de Estado exerce, preponderantemente, uma função de representação. O Chefe de Governo, por sua vez, é a figura política central do parlamentarismo, pois é ele que exerce o poder executivo. Ele não tem mandato com prazo determinado. Há dois fatores que podem determinar a demissão do Primeiro Ministro e de seu Gabinete: a perda da maioria parlamentar ou o voto de desconfiança.
  2. possibilidade de dissolução do Parlamento. Uma característica importante do sistema inglês é a possibilidade de ser dissolvido o parlamento, considerando-se extinto o mandato dos membros da Câmara dos Comuns antes do prazo normal.
Obs.: O sistema francês criado com a Constituição de 1958 não é parlamentarismo nem presidencialismo.

Presidencialismo

     Assim como o parlamentarismo, o presidencialismo não foi produto de uma criação teórica, não havendo qualquer obra ou autor que tivesse traçado previamente suas características e preconizado sua implantação. Mas, diferentemente do que ocorreu em relação ao regime parlamentar, o presidencialismo não resultou de um longo e gradual processo de elaboração.
     O presidencialismo foi uma criação americana do século XVIII, tendo resultado da aplicação das idéias democráticas, concentradas na liberdade e na igualdade dos indivíduos e na soberania popular, conjugadas com o espírito pragmático dos criadores do Estado norte-americano.
     Como características básicas do governo presidencial, podem ser indicadas as seguintes:


  1. o Presidente da República é Chefe de Estado e Chefe de Governo;
  2. o Presidente da República tem poder de veto. Para que o Chefe do Poder Executivo não se reduzisse à condição de mero executor automático das leis, lhe foi concedida a possibilidade de interferir no processo legislativo através do veto.
O Estado Federal

     Os Estados são considerados unitários quando têm um poder central que é a cúpula e o núcleo do poder político, e são Federais quando conjugam vários centros de poder político autônomo.
     Autores modernos sustentam a existência de uma terceira espécie, o Estado Regional, menos centralizado do que o unitário, mas sem chegar aos extremos de descentralização do federalismo. Ex.: Espanha e Itália.
     O Estado Federal teve seu nascimento com a constituição dos EUA, em 1787. Suas características são:
  1. a união faz nascer um novo  Estado e, concomitantemente, aqueles que aderiram à federação perdem a condição de Estados;
  2. a base jurídica do Estado Federal é uma Constituição, não um tratado;
  3. na federação não existe direito de secessão;
  4. só o Estado Federal tem soberania;
  5. no Estado Federal as atribuições da União e das unidades federadas são fixadas na Constituição, por meio de uma distribuição de competências;
  6. a cada esfera de competências se atribui renda própria;
  7. o poder político é compartilhado pela União e pelas unidades federadas;
  8. essa forma de Estado demonstrou ser capaz de dificultar, ainda que não impedir, a acumulação de poder num só órgão, dificultando por isso a formação de governos totalitários. 

O Estado na Ordem Internacional

     O que distingue o Estado das demais pessoas jurídicas de direito internacional público é a circunstância de que só ele tem soberania.
     A ONU, apesar de ser uma pessoa jurídica de direito internacional público, não possui soberania, razão pela qual não se deve confundi-la com um Superestado.


     



                                                                                                                                                                    


  

 

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A língua e seu estudo no Francês

Domínios da linguagem 

     No interior da linguística, distinguem-se vários domínios segundo a natureza dos fatos estudados:
a) Tradicionalmente, consideram-se quatro domínios: 
1º. A fonética estuda os sons da linguagem. Ela se separa hoje da fonologia, que estuda os fonemas (phonèmes), ou seja, os sons considerados como distintos.

     A ortoépia determina as regras da pronúncia correta (bonne prononciation). Diz-se também ortofonia (orthophonie), mas esta palavra tende a ser mais específica do campo da medicina, pela reeducação dos que padecem de problemas de elocução.

2º. A lexicologia é a ciência das palavras. Ela estuda notadamente as suas origens (etimologia) e sua história, assim como em suas relações. 
     Às vezes, tem-se considerado a lexicografia como um sinônimo de lexicologia. Mas, atualmente, a lexicografia é a edição de repertórios de palavras.

3º. A morfologia estuda os morfemas, ou elementos variáveis nas palavras. Distinguem-se os morfemas gramaticais (grammaticaux), que são as desinências ou flexões: traços do gênero e do número nos adjetivos; traços do tempo, do modo, da pessoa, do número, nos verbos - e os morfemas lexicais (lexicaux): prefixos, sufixos etc.
     Alguns traços gramaticais são exprimidos em francês, não pelas desinências (ou seja, as variações no final da palavra), mas por meio de outros processos: o radical pode sofrer modificações (suis, es, est, sommes, êtes, sont; je, me, moi; etc). O pronome pessoal opõe je mange (eu como) à il mange (ele come) e desempenha portanto o papel do morfema: do mesmo modo o artigo em le page e la page, respectivamente,  o garoto e a página.
Observação: Em Pierre aime le chien (Pierre adora o cão), a função de Pierre e do cão são exprimidas por suas respectivas posições, enquanto que, se traduzida em latim, as desinências exprimiriam as funções (Canem amat Petrus). Dito de outro modo, um processo sintático corresponde em francês a um processo morfológico em latim. Os linguistas consideram a ordem das palavras como um morfema. Em razão das relações estreitas entre as formas e as funções, reúne-se frequentemente os dois domínios sob o nome de morfossintaxe.
      A morfologia oral é diferente da morfologia escrita: mange, manges, mangent são homófonos [mʒ]; do mesmo modo, muitos dos singulares e plurais: femme, femmes; dos masculinos e dos femininos: fier, fière (e fiers, fières).
     A sintaxe estuda as relações entre as palavras na frase: a ordem das palavras e a concordância são alguns fenômenos da sintaxe.
     Uma frase se divide em grupos de palavras, os sintagmas, compostos de um elemento principal ou nuclear e de um ou de vários elementos subordinados, os quais podem também ser alguns sintagmas.
     Na frase  Les petits ruisseaux font les grandes rivières, se distingue um sintagma nominal, cujo núcleo é um nome (les petits RUISSEAUX), e um sintagma verbal, cujo núcleo é um verbo (FONT les grandes rivières); este sintagma verbal compreende um verbo (font) e um sintagma nominal (les grandes RIVIÈRES).

b). Segundo as tendências mais modernas, distingue-se três domínios que consideram a linguagem segundo outros critérios que os estabelecidos acima.

1º. A semântica estuda a significação, o conteúdo da mensagem, o significado. Ela se distingue às vezes da  semasiologia, que parte das palavras, do significante, para estudar a significação, - e da onomasiologia, que parte dos conceitos, dos significados, para perceber como a língua os exprime.
     Como designar a cabeça (la tête) em francês? Esta questão nos remete à onomasiologia - Qual é a significação da palavra cabeça (tête)? Esta questão nos remete à semasiologia.

2º. A estilística estuda os fatos da língua do ponto de vista de sua expressividade.
     O locutor tem frequentemente a escolha, para exprimir uma idéia, entre várias palavras ou processos que pertencem a alguns registros ou níveis diferentes (literário, corrente, familiar; popular etc) ou que exprimem este pensamento com algumas modalidades variáveis (de maneira neutra, pejorativa, positiva etc).
     Por oposição à denotação, o conteúdo objetivo, neutro, da mensagem, chama-se conotação aquilo que a expressão reúne a este conteúdo objetivo: algumas palavras como Nègre e Noir (para designar um homem de raça negra) possuem a mesma denotação, mas são diferentes pela conotação.

3º. A pragmática estuda as relações entre o uso feito da língua e a situação (inclusive o papel de quem participa da comunicação).

     Diz-se: C'est Jean qui a cassé le carreau?, eu pressuponho que uma telha tem sido quebrada e que meu  interlocutor o sabe. Ao pronunciar a frase: Voudriez-vous fermer la porte? (gostarias de fechar a porta?) Eu não espero de meu interlocutor uma resposta (embora a frase esteja na forma interrogativa), mas um ato.

A sílaba

A sílaba é um conjunto de sons que se pronuncia por uma única emissão de sopro.
     Ela pode ser formada, seja de um único som, que será então necessariamente uma vogal: A-mi, É-tang, OU-bli, ENfant;  - seja da combinação de uma vogal com uma ou várias consoantes, com uma ou várias semi-vogais: traduire [tra-dɥir], hiatus [ja-tys].
     Uma sílaba é aberta quando ela termina por uma vogal: Ba-nal, SEN-tir [sti] - e ela é fechada quando termina por uma consoante: FER-mer, PIS-ton.
     Na frase, o limite da sílaba não coincide necessariamente com aquele da palavra que se escreve. Com efeito, uma consoante final pronunciada forma sílaba com a palavra seguinte quando esta começa por uma vogal (exceto se há uma pausa): Il aime [i-lεm]; isto é o fenômeno do encadeamento (enchaînement). Do mesmo modo, isso acontece com a consoante final que não aparece diante de vogal: Deux hommes  [dø-zɔm]; isso é o fenômeno do liaison.
     Chama-se hiato (hiatus) a sucessão de duas sílabas onde a primeira termina por uma vogal e a segunda começa por uma vogal: po-ète, maïs.
     A haplologia é o fato de que duas sílabas idênticas ou semelhantes reduzem-se a apenas uma. Ela se realiza frequentemente no discurso oral, sobretudo familiar.

Vogais abertas ou fechadas

     Pela pronúncia das vogais, os maxilares podem ficar mais ou menos abertos, e a língua mais ou menos separada do paladar. Chama-se a isto abertura (aperture) e distingue-se em quatro passos (ou graus): [i], [y], [u];  - [e], [ø], [o]; - [ɛ], [œ], [ɔ]; - [a]. As vogais pertencentes aos dois primeiros graus são ditas fechadas, e as segundas são ditas abertas.
     As vogais fechadas em posição final abrem-se, em muitos dos casos, se elas vierem seguidas de uma consoante, v.g., quando um adjetivo ou um nome são colocados no feminino, na conjugação dos verbos, etc: Sot [so], sotte [sɔt]; berger [-e], bergère [ɛr]; je peux [], ils peuvent [pœv]; j'ai [ʒe], ai-je [ɛʒ]. Inversamente: un œuf [œf], des œuf [ø].


Fonética sintática

A fonética sintática estuda os fatos fonéticos relacionados ao contexto e, às vezes, o papel das palavras na frase. Dependendo do lugar das palavras na frase, elas terão pronúncias diferentes: por exemplo, o s de plus (mais) é pronunciado quando se trata de um termo matemático: Deux PLUS deux font quatre (dois mais dois fazem quatro). Por outro lado, o s é mudo quando plus é o auxiliar da negação: Je n'ai plus faim (não tenho mais fome).

O liaison

O liaison é o fato que uma consoante final, muda em um palavra tomada isoladamente, articula-se em um sintagma quando a palavra seguinte é uma vogal:

Les enfants sont arrivés sans encombre (por exemplo, les enfants pronuncia-se [le-zã-fã] justamente porque a palavra seguinte a les começa por vogal).
     
Como se faz o liaison

a). A consoante do liaison é geralmente aquela que é representada na escrita ao fim da primeira palavra: trop aimable, petit homme.

     Contudo, é necessário notar os seguintes fatos:
  • as palavras que terminam por s ou x na escrita se ligam por z: pas à pas [pa-zapa], aux hommes        [o-zɔm];
  • aquelas que terminam por d na escrita se ligam por [t]: grand effort [grã-tɛfɔr], quand on voit      [kã-tɔ];
  • as palavras que terminam por g na escrita se ligam por [k] na língua tratada: un long effort [lɔ-kɛfɔr], suer sang et eau [sã-keo];

    Quando se faz o liaison

     Os liaisons geralmente considerados como obrigatórios são: 
  • entre o determinante e o adjetivo de um lado,  e o nome e o adjetivo de outro lado: Les anées, aux armes, les autres mots, deux ans, ces arbres, tout âge, certains élèves, grand enfant, grands enfants, deux anciens soldats;
  • entre o pronome pessoal conjunto ou on de um lado, e o verbo e os pronomes en, do outro lado, e inversamente: Nous avons, ils ont, elles arrivent, à vous en croire, ils y sont, elle nous entend, on ira; - dit-il, prend-elle, courons-y, cueilles-en, dirait-on, allez-vous-en;
  • depois c'est e il est impessoal: C'est évident, c'est à voir, il est impossible, il est à penser que...
  • depois dos advérbios, sobretudo monossilábicos, unidos estreitamente à palavra seguinte (advérbios de negação ou de grau): Pas aujourd'hui, plus ici, ne jamais oublier, tout entier, plus important, moins ardent, bien aise, assez ouvert, trop heureux
  • na maioria das palavras compostas de locuções: de mieux en mieux, de temps en temps, vis à vis, mot à mot, États-Unis;

A elisão

A elisão como fenômeno fonético

A elisão é o "emudecimento" (ammuïssement) de uma vogal final diante de uma palavra começada por uma vogal, a consoante que precede a vogal elidida forma sílaba com o início da palavra que segue: 
a). a vogal elidida é um e [ə] na maioria dos casos: e esta elisão é constante, exceto quando há disjunção (h aspirado, etc).
     Às vezes ela é marcada na escrita com um apóstrofo: De l'or. Parler D'abord. Je M'aperçois QU'il est venu; - e às vezes não: Un honnêtE homme nɛ-tɔm]. Je passE avant vous [pa-savã];

b) ao considerar unicamente a estrutura do francês moderno, as outras vogais que não e e a sofrem a elisão: O i da conjunção de subordinação si elide diante do pronome pessoal il ou ils.
Je ne sais S'il viendra. S'il viennent, ils trouveront à qui parler (Porém, SI elle vient, SI on vient, SI une femme vient).
     No advérbio si (tão), o i nunca se elide: Il est SI adroit. (Ele é tão abilidoso).

A elisão na escrita

 a).   A elisão é sempre marcada na escrita:
1º. quando ela se refere às vogais a e i (la e si): 
L'église. L'ancienne église. Cette femme, je l'estime. S'il pleut, je ne sors pas. Je ne sais s'ils partent.

2º. quando ela pertence a e nos monossílabos: me, te, se, le, que, de, ne, e em jusque: 
Donne-M'en. T'es trompé. Elle S'aperçoit de son erreur. L'or. Je l'ai rencontré hier. La persone QU'il a vue. Il dit QU'il reviendra. QU'il est beau! Un verre D'eau. Je N'ai pas fini - JUSQU'à l'aube. JUSQU'ici. 

b). A elisão nem sempre é marcada em ce, je, quelque, presque, quoique, lorsque, e puisque.

1º. Os pronomes sujeitos je e ce se escrevem j' e c' quando eles precedem o verbo, mas integralmente se eles vêm posteriormente a ele:

J'aime. C'est vrai - Suis-JE arrivé? [sɥi-ʒa-rive] - Est-ce achevé? [ɛ-sa-ʃve].

Outros fenômenos que se produzem diante de uma vogal

a).     os determinantes possessivos femininos singulares ma, ta, sa, são substituídos por mon, ton, son, diante de uma palavra começada por uma vogal. 
MON écharpe. TON aimable sœur (Porém: TA sœur. MA nouvelle écharpe);
b). o determinante demonstrativo masculino singular ce torna-se cet diante de uma palavra começada por uma vogal:
CET arbre. CET honnête commerçant (Porém: CE commerçant).

c). o advérbio toute diante de um adjetivo feminino toma a forma tout se este adjetivo começa por uma vogal:

La verité TOUT entière  (Porém: La verité toute nue)

d). os adjetivos beau, nouveau, fou, mou, vieux


1). a regra é que estes adjetivos tomem diante de um nome masculino singular começados por uma vogal as formas bel, nouvel, fol, mol, (sobretudo literário), vieil.

Un BEL homme. Le NOUVEL an. Un VIEIL ami - CE mol atendrissement - Un MOL effort - Son FOL acharnement d'apôtre.

2). diante de et, o uso ordinário não admite bel senão nas expressões fixas bel et bon, locução adverbial, e  Tout cela est bel et bon, equivalente mais ou menos a quoi qu'il en soit: Tout cela est BEL et bon, mais c'est enfantin. Fora destas locuções, se diz ordinariamente:

Un VIEUX et honnête fermier. Un BEAU et grand souvenir. Ce qui a été BEAU et bon. Il était plutôt MOU et flou.

A disjunção

Definição

     Chamamos disjunção o fato de uma palavra começada foneticamente por uma vogal se comportar em relação às palavras que a precedem como se ela começasse por uma consoante. Isto quer dizer que nem a elisão nem o liaison podem ocorrer. A disjunção permite distinguir algumas homônimas na cadeia falada:

Le haut, l'eau; le hêtre, l'être; de haler, d'aller; je le hais, je l'ai


     O caso mais comum é o do h dito aspirado.



Fonologia e Ortografia

Quando se compara os sistemas fonológico e ortográfico, constata-se que há poucas palavras cuja ortografia reproduz a pronúncia com precisão e economia (uma letra por som, e inversamente): ami, pour, macaroni.

1). uma letra pode representar sons diferentes conforme as palavras:

     Em rations, o t equivalente a [t] se trata de uma forma do verbo rater e o t equivalente a [s] se trata do plural do nome ration.
     Para certas letras, pode-se estabelecer algumas regras. Por exemplo, s equivale a [z] entre vogais e [s] em outros casos: rose; servir; astro; porém há algumas exceções: s se pronuncia [s] em désuet, parasol, dysenterie, susurrer, présupposer, etc., e ele é, quase sempre, mudo no final.

2). uma letra representa um conjunto de sons (ou vários sons, segundo as palavras):

x = [ks] em taxer; [gz] em examen; - do mesmo modo [z] em dixième, [s] em soixante, Bruxelles, Auxerre...
y = [ij] em ennuyer

3). um som é exprimido por uma sequência de letras, grupos de duas letras ou digramas (ou dígrafo), grupos de três letras ou trigramas.
     Às vezes o som pode também ser exprimido por uma única letra. É o caso dos digramas qu [k] (quand), que tem como concorrentes c e k - ph [f] (phobie), que tem como concorrente f; - au [o] (chaud) ou às vezes [ɔ] (Paul), que tem como concorrente o; - ai [ɛ] (laid) ou às vezes [e] (quai), que tem como concorrente è, é; etc. - Do mesmo modo, os trigramas eau [o] (beau), que tem como concorrente o; - ill [j] (tailler), que tem como concorrentes y (bayer), ï (païen).
     Alguns digramas tornam-se concorrentes entre eles: en pode produzir [ɛ com tio] como em (examen) ou [ã] como an (lent). Alguns trigramas fazem concorrência a alguns digramas œu [cœur] a eu; ain (bain) e ein [sein] a in. Certos digramas têm vários valores: ch [ʃ] em chaud, k em orchestre. Certas sequências de letras às vezes têm alguns digramas e às vezes possuem um outro valor: gn = [ɲ] (agneau); ce = [s] em douceâtre e [sə] na palavra ce.


Os acentos

O acento agudo e o acento grave

a). Coloca-se o acento agudo e o acento grave sobre a letra e para indicar a pronúncia: é para [e], è para [ɛ].

1º Para as vogais tônicas, a oposição entre é e è é clara:

Blée, alée, prés; - père, sème, près


     O È se utiliza apenas diante de um s final ou diante de uma sílaba contendo um e mudo: exprès, aloès, manière. - Escreve-se poignée, aimée, etc., pois e, não se pronunciando nessa posição, não constitui uma sílaba.

2º. Para as vogais átonas, onde a oposição fonética é mais clara, se tem princípio è quando a sílaba seguinte é formada de uma consoante e de um e mudo, e é no caso contrário: enlèvement, discrètement, il sèmera; - témoin, léser, téléphone.

3º Salvo diante de s final, não se coloca o acento agudo ou o acento grave sobre um e que não termina a sílaba gráfica:

ChEr, fErmer, dEscendre, tErrible, pEste, pErdre, gEmme, Effroi


     Segundo uma tendência recente, deixa-se o acento nos prefixos dé- e pré- colocados diante de uma palavra começada por s + consoante: déstructurer, déstalinisation, préscolaire, etc. Do mesmo modo, em télé-: téléspectateur.
       Escreve-se cèdre, écrire, régner porque as vogais terminam uma sílaba.

Não se coloca o acento sobre o e que precede x, pois foneticamente a sílaba termina por uma consoante: texte, examen, expert.
Não há acento sobre os determinantes ces, des, les, mes, ses, tes, os quais, sendo proclíticos, são tratados como átonos.

4º. Em uma sílaba aberta (ou seja, que termina por uma vogal), o som [e] se escreve é e não e: rÉvÉler.
     Contrariamente a esta regra, as palavras recentes, tais como interação.

b). O acento grave se emprega também como sinal diacrítico, ou seja, para distinguir das homônimas.

1º. Sobre a: em à preposição, distinguido de a forma verbal; - advérbio, distinguido de la artigo ou pronome pessoal; - çà advérbio, distinguido de ça pronome demonstrativo.
Sobre u em marcando o lugar, para distinguir de ou conjunção de coordenação.

O acento circunflexo

1º.     Ele permite hoje distinguir as palavras que sem ele seriam homógrafas.

Exs.: , particípio passado de devoir, e du, artigo contraído; rôder, errar, e roder, usar; sûr, certo e sur, ácido.
2º.     Ele faz algumas indicações sobre a pronunciação.

         Em particular, sobre as letras i e u, o acento circunflexo não representa por assim dizer qualquer papel na pronúncia (compare: coup e coût, coupe e coûte, goutte e goûte, ruche e bûche, chapitre e épître, nait e plaît).

3º.     Em piqûre, o acento seria destinado a mostrar que não há o digrama qu = [k], mas dois sons, [ky].


O traço de união (trait d'union)

Conceito: Sinal gráfico em forma de pequeno hífen, que se coloca principalmente entre os elementos de algumas palavras compostas ou entre o verbo e um pronome posposto. Por outro lado, embora o sinal gráfico do trait d'union compartilhe alguma semelhança com o hífen, com ele não se confunde, pois o hífen é mais longo e tem outras funções.

Generalidades

a). o trait d'union restabelece a unidade de uma palavra que o escritor tem dividido, seja por causa do espaço que ele deixa para escrever esta palavra completamente sobre uma linha, seja porque ele quer produzir um débit haché, ou seja, aquelas frases cujas sílabas são separadas e fortemente acentuadas (dont les syllabes sont détachées et fortement appuyées):

[...] en vociférant: << C'est for-mi-dable! >> (BEAUVOIR, tout compte fait, p. 95)


O traço de união para uma palavra coupé, isto é, uma vogal simples transformada em ditongo, ao fim de uma linha é chamada divisão (division) pelos tipógrafos. As supressões (coupures) devem respeitar as regras da silabação gráfica.

b). A função principal do traço de união é de constituir um conjunto de palavras em unidade, sobretudo para distinguir de outros conjuntos. Nós distinguimos as unidades lexicais e as unidades gramaticais.

c). Em uma descrição linguística, o traço de união se coloca antes ou depois dos elementos de formaçãodas palavras a fim de distinguir as palavras ordinárias:

O sufixo -ment, o prefixo pré-. Emprego análogo na coordenação: État de pré- ou infravie.

O traço de união sinal de unidade léxica

a). depois de uma mudança de categoria, principalmente nominalização:


  • nominalização de um sintagma preposicional: l'après-midi, l'entre-voie, le sans-gêne, un sous-main.
  • nominalização de outros tipos de sintagmas: un tête-à-tête, un trois mâts.
  • transformação de frases: laissez-paisser e qu'en dira-t-on tornadas nomes; peut-être tornado advérbio; c'est-à-dire tornado conjunção de coordenação.
b). depois de uma mudança de significação

1º Metonímia: un cul-blanc (pássaro);

2º Metáfora tomada do conjunto do sintagma ou do composto:
eau-de-vie, œil-de-bœf, pied-de-biche, pot-de-vin;

3º Especialização dos sentidos: Advérbios: avant-hier, après-demain, sur-le-champ. Conjunção: c'est-à-dire. Nomes: fer-blanc, amour-propre, eau-forte.

4º Derivação sobre um sintagma ou um composto: de la fausse monnaie --> un faux monnayeur; long cours --> long-courrier.


5º Adaptação de palavras estrangeiras: franc-maçon, social-démocrate, bem como tout-puissant, traduzida literalmente do latim.

c) devido a irregularidades morfológicas ou sintáticas (às vezes combinadas com fatos semânticos):

1º.  Adjetivos.

  • adjetivo formado de um pronome pessoal normalmente disjunto e de um particípio presente: soi-disant;
  • locução adjetiva composta de um adjetivo com valor adverbial seguido de um adjetivo ou de um particípio: court-vêtu; long-jointé, demi-nu;
2º. Advérbios.

Ici-bas, là-bas, là-haut. Há também um traço de união quando é seguido de um advérbio: lá-dedans, là-dessus, là-dessous, là-devant.
    , ainda analisado como advérbio, não demanda o traço de união nos sintagmas par là ou de là, etc. De outro lado, ci, tendo cessado de se empregar livremente, é acompanhado de um traço de união nas locuções das quais ele pertence: não somente ci-dessous, mas também ci-joint; ci-inclus; ci-présent; ci-gît; de-ci; de-là;  par-ci; par-là.
     Não é fácil explicar porque as locuções adverbiais ou prepositivas formadas com au ou com par têm o traço de união, enquanto que aquelas cujo primeiro elemento é en não possuem: au-dessus, au-dedans, au-dehors, au-delà, au-devant; par-dedans, par-derrière, par-dessus, par-devant, par-delà etc.

O traço de união sinal de unidade gramatical

a) Entre o verbo e os pronomes conjuntos que o seguem e que formam com ele um único grupo fonético.

1º Pronome pessoal conjunto sujeito, assim como ce e on:

Dit-il. Dit-on. Est-ce vrai? Peut-être irai-je le voir.

Há um t final analógico, que se coloca entre traços de união. Quando os pronomes il, elle ou on são colocados depois do verbo, um t analógico escrito entre traços de união se intercala entre os verbos terminados por e, a ou c e o pronome sujeito. Isto acontece principalmente na frase interrogativa, na frase enunciativa começada por peut-être etc: Replica-t-il, Chante-t-elle? Peut-être va-t-on le voir. Vainc-t-il? Convainc-t-elle?

2º. Pronome pessoal conjunto complemento de um imperativo não negativo:

Crois-moi. Dites-lui de venir me voir. Prends-le avec précaution. Prends-en deux. Soyez-en sûr.  Allons-y.  - Do mesmo modo com vários pronomes: Dites-le-moi. Allez-vous-en. - Rendez-nous-les.               -  Tiens-le-toi pour dit. 
     Quando o imperativo é seguido de um infinitivo, é necessário prestar atenção ao fato de que o pronome pode estar ligado ao infinitivo, o que se constata ao comparar com a construção não imperativa:

Il Le fait faire --> Fais-LE faire. - Porém: Il veut ME suivre --> veuille ME suivre  - Il ose LE dire --> Ose LE dire.


A vírgula na coordenação

a). A vírgula se emprega obrigatoriamente entre os termos coordenados sem conjunção (palavras, sintagmas, preposições):

b). A vírgula se coloca geralmente entre os elementos coordenados, exceto que nas conjunções et, ou, ni



A vírgula e os termos livres


     Os termos livres são geralmente cercados de vírgulas (salvo se há uma outra pontuação). É o caso das palavras colocadas em apóstrofo, dos elementos incidentes e dos incisos,  bem como dos termos redundantes.
   Se o termo livre começa por uma vogal, e se é precedido de que, a elisão deste provoca o desaparecimento da vírgula:

J'avais annoncé qu'évidemment, si quelque jour les Yanquis croyaient avoir rattrapé leur retard [...]




O caso dos sintagmas intimamente associados


a). não se coloca a vírgula, em princípio (pois não há pausa), entre o sujeito e o predicado, entre o verbo e seus complementos essenciais, entre o verbo de ligação e o atributo, entre o nome ou o pronome e seus complementos nominais.

b). todavia, pode-se colocar uma vírgula entre o sujeito e o predicado:

1). depois do último termo de um sujeito formado por vários termos coordenados sem conjunção:

La pluie, la neige, la gelée, le soleil, devinrent ses ennemis ou ses complices.


     Se o último sujeito substitui de algum modo  os outros, o que se dá quando eles formam uma gradação ou quando são resumidos por uma palavra como tudo ou nada, este último sujeito não é separado do verbo pela vírgula.

Un souffle, une ombre, un rien le faisait trembler.  - Et tout de suite, sac, couverture, chassepot, tout disparu.


O ponto e vírgula

     O ponto e vírgula marca uma pausa de meia duração.

a). Assim, em uma frase, ele representa o papel de uma vírgula, por separar os elementos coordenados de uma certa extensão, sobretudo quando um de seus elementos já esteja subdividido:


     Le acte de décès contiendra les prénoms, nom, âge, profession et domicilé de la personne décèdée; les prénoms et nom de l'autre époux, si la personne décédée était mariée ou veuve; les prénoms, noms, âge, profession et domicile des déclarants; et, s'il sont parents, leur degré de parenté (Code Civil, art. 79).






segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O advérbio interrogativo "est-ce que" e o pronome interrogativo "qu'est-ce que"

     O advérbio interrogativo est-ce que se emprega na frente da frase enquanto a questão exige uma resposta por oui (sim) ou non (não): Est-ce que tu viens demain? (você vem amanhã); Est-ce qu'il pleut beaucoup? (chove muito?). Ele se emprega na língua corrente depois de um advérbio ou de um pronome interroagativo, nas interrogações diretas e indiretas: Quand est-ce qu'il vient? (Quando ele vem?).
     Outro pronome muito comum em Francês, igualmente, é o pronome interrogativo qu'est-ce que, que interroga sobre coisas, em função do objeto direto. Qu'est-ce que il veut? (o que ele quer?).  Como todas as formas interrogativas compostas de est-ce que, qu'est-ce que, qu'est-ce qui devem ser exclusivamente reservadas à interrogação direta: qu'est-ce que vous faire? qu'est-ce qui vous permet de penser cela? Na interrogação indireta, emprega-se unicamente ce que, ce qui: je te demande ce que tu vas faire; je me demande ce qui vous permet de dire cela.

Um termo em Francês bem conhecido do desconstrutivismo

     Já que estamos falando sobre as peculiaridades do Francês, lembrei-me de um termo utilizado amplamente na Filosofia Desconstrutivista de Jacques Derrida, e que se aplica, em termos de gramática, à análise de termos homófonos, isto é, aquelas palavras cuja pronúncia é a mesma, porém de grafias diferentes.
    O termo que eu estou falando é Différance, cunhado por Jacques Derrida, e que apresenta um fato interessante: ele significa tanto "deferir" (to defer)  quanto "diferir" (to differ). Ele é homônimo da palavra différence (diferença, em Francês).
     Quanto ao significado filosófico, não vou me aventurar arriscar aqui, melhor deixar para os filósofos pós-modernos.

Alguns livros de gramática em Francês

     Há centenas, talvez milhares de livros de gramática em Francês disponíveis, cada qual alegando ser "o melhor", "o mais conciso", "o mais completo". Obviamente, eles não podem ser todos bons, e de fato, existem alguns que são muito ruins. Como saber qual é bom e qual é ruim? Bom, isso vai depender não só da qualidade do livro em si, mas também das preferências individuais que fazem com que nos identifiquemos com  um ou alguns determinados livros. Para servir como referência, coloco aqui alguns livros de gramática em Francês que se destacam no mercado.

  1. Le Bon Usage
     Este livro, originalmente publicado em 1936, é a bíblia da gramática em Francês, o mais completo livro de gramática que existe. Ele tem sido republicado várias vezes. Este é o livro que os falantes nativos se referem quando eles querem compreender ou explicar alguns aspectos da gramática em Francês. Só existe em Francês.

    2. Précis de grammaire Française

     Uma versão resumida do Le Bon Usage. Este livro trata da gramática avançada do Francês e é menos complicado do que seu parente, que é integral.

    3. Collage: Révision de Grammaire

     Embora esteja muito longe de ser tão completo quando os livros Grévisse acima, suas explicações são mais claras. Além disso, há vários exemplos e exercícios práticos. (Explicações em Francês e exemplos com listas de vocabulário bilíngue)

    4. Manuel de composition Française

     Como o título indica, o livro foca em te ajudar a aperfeiçoar seu Francês com técnicas, mas também inclui excelentes explicações gramaticais, com ênfase no verbo e no vocabulário. (só em Francês)

    5. Langenscheidt Pocket French Grammar

     Este pequeno livro oferece explicações muito concisas porém detalhadas para gramática francesa iniciante - a - intermediário. Também tem seções sobre comunicação efetiva, sinônimos, idiomas, falsos cognatos, e muito mais. (há em Inglês)

    6. Berlitz French Grammar Handbook

     Uma boa referência para iniciantes de graus mais avançados, este livro explica a gramática do Francês do básico ao intermediário, verbos e vocabulário (há em Inglês)

    7. Essential Grammar French

     Este pequeno livro de-emphasises grammar, ou seja, caracterizado por dar pouca ênfase na gramática, a fim de se concentrar mais na comunicação, oferece a gramática suficiente para ajudar te a estudar a pronúncia e a compreensão do Francês, sem ficar amarrado a detalhes.(há em Inglês)

    8. English Grammar for students of French

     Se você não sabe a diferença entre pronomes e preposições - em Francês ou em Inglês - este é o livro para você. Ele explica os pontos da gramática em Francês comparando-a com a gramática do Inglês, usando linguagem simples e exemplos para comparar e contrastar a gramática nessas duas linguagens. (há em Inglês)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O gênero em Francês

     O gênero em Francês é uma constante dor de cabeça para muitos estudantes de Francês. Por que manteau (casaco) é masculino e montre feminino, quando tanto o homem quanto a mulher usam a mesma coisa? Qual é a lógica por trás do gênero em Francês? Não há resposta simples a esta questão, e não há um modo de saber o gênero de cada substantivo a não ser aprendendo o gênero com cada palavra. Há, contudo, alguns padrões nos sufixos e terminações de palavras - certas terminações tendem a indicar substantivos masculinos, enquanto outras terminações tendem a indicar substantivos femininos. Como você verá nesta lista de exceções, estes padrões de gênero não são infalíveis, mas eles podem te ajudar a compreender o gênero de muitos substantivos em Francês.
     Segue abaixo alguns sufixos que normalmente indicam substantivos masculinos, bem como algumas exceções importantes:


  •  - age .... Exceções: la cag; une image; la nage; la page; la plage; la rage;
  •  - b;
  • - ble .... Exceções: une cible; une étable; une table; une fable;
  • - c .... Exceção: la fac (abreviação de a faculdade);
  • - cle .... Exceção: une boucle;
  • - d;
  • - de .... Exceções: la bride; la merde; la méthode; la pinède; terminações -ade, -nde, -ude;
  • - é .... Exceções: la clé; la psiché; sé, té; e terminações tié;
  • - eau .... Exceções: l'eau; la peau;
  • - ège .... Exceção: la Norvège;
  • - et   O sufixo -et e seu feminino -ette é um diminutivo que pode ser acrescentado a substantivos, verbos, (para fazer subsntantivos), adjetivos e nomes;
  • -eur  Nota: Isto se aplica principalmente a nomes de profissões e artefatos mecâcnicos/científicos;
  • -f .... Exceções: la soif; la clef; la nef;
  • -i .... Exceções: la foi; la fourmi; la loi; la paroi;
  • -ing;
  • -isme;
  • -k;
  • -l;
  • -m .... Exceção: la faim;
  • -me .... Exceções: une alarme; une âme; une arme; la cime; la coutume; la crème; l'écume; une énigme; une estime; une ferme; une firme; une forme; une larme; une plume; une rame; une rime, terminações -mme;
  • -ment .... Exceção: une jument;
  • -n .... Exceções: la façon; la fin; la leçon; la main; la maman; la rançon; terminações -son e -ion;
  • -o .... Exceções: la dactylo; la dynamo; la libido; la météo; la moto; la steno (a maioria destas palavras são abreviações de palavras femininas mais longas);
  • -oir;
  • -one;
  • -ou;
  • -p;
  • -r .... Exceções: la chair, la cour, la cuiller, la mer, la tour;
  • -s .... Exceções: la brebis; la fois; une oasis; la souris; la vis;
  • -ste .... Exceções: la liste; la  modiste; la piste;
  • -t .... Exceções: la dent; la dot; la forêt; la jument; la mort; la nuit; la part; la plupart;
  • -tre .... Exceções: la fenêtre; une huître; la lettre; la montre; la rencontre; la vitre;
  • -u .... Exceções: l'eau; la peau; la tribu; la vertu;
  • -x .... Exceções: la croix; la noix; la paix; la toux; la voix 


     Segue abaixo alguns sufixos que normalmente indicam substantivos femininos, assim como as suas principais exceções:

  • -ace;
  • -ade .... Exceções: le grade; le jade; le stade;
  • -ale .... Exceções: une châle; un pétale; un scandale;
  • -ance;
  • -be .... Excceções: un cube; un globe; un microbe; un tube; un verbe;
  • -ce .... Exceções: un artifice; un armistice; un appendice; le bénéfice; le caprice; le commerce; le dentifrice; le divorce; un exercice; un office; un orifice; un précipice; un prince; un sacrifice; un service; le silence; le solstice; le supplice; un vice;
  • -cé .... Exceção: le crustace;
  • -ee .... Exceção: le pedigree;
  • -ée .... Exceções: un apogée; un lycée; un musée; un périgée; un trophée;
  • -esse;
  • -eur    nota: Isto se aplica a qualidades abstratas e a emoções,  exceto le bonheur; l'extérieur; l'honneur; l'intérieur; le malheur; le meilleur


    

Acentos em francês

Há quatro tipos de acentos em francês para vogais e um acento para consoantes. Vejamos quais acentos são esses:

  • O accent aigu " ´ " (acento agudo) só pode dar-se em um E. No início de uma palavra, ele indica, normalmente, que a consoante S é usada no lugar desta vogal em palavras inglesas, v.g., échanger (trocar, mudar) em inglês é to swap; étranger (estrangeiro) em inglês se diz strange;
  • O accent grave " ` " (acento grave) pode dar-se em A, E ou U. Em A e U, ele normalmente serve para distinguir entre palavras que, de outro modo, seriam homógrafas (duas ou mais palavras pronunciadas da mesma maneira mas tendo significados e origens diferentes; e.g., ou (ou) vs où (onde); (adv. aí, ali, lá) vs la (o artigo a). O acento grave também serve, em combinação com E, para indicar a vogal aberta, e.g., règlement;
  • O accent circonflexe " ^ " (acento circunflexo) pode dar-se em A, E, I, O ou U. O circunflexo normalmente indica que um S, assim como no acento agudo demonstrado acima, é usado no lugar desta vogal em palavras inglesas, v.g., forêt (floresta), em inglês se diz forest. Além disso, o acento circunflexo serve para distinguir entre homógrafos; e.g., du (contração de de + le) vs dû (particípio passado de devoir [dever]);
  • O accent tréma (trema) pode dar-se em E, I ou U. É usado quando duas vogais estão próximas uma da outra e ambas devem ser pronunciadas, e.g., naïve, Saül;
  • A cédille (cedilha) pode dar-se somente da letra C. Ela muda uma letra C com som forte (como K) em um som de C suave (como S). A cedilha nunca é colocada diante de E ou I, porque C sempre soa como um S diante dessas vogais.

Diferenças entre o Inglês e o Francês

Comparação de características:

                                                 Francês                                     Inglês

Acento                                 em muitas palavras                  só em palavras estrangeiras
Concordância                              sim                                           não
Artigos                                 mais comum                            menos comum
Capitalização
(uso de letras maiúsculas)     menos comum                             mais comum
Conjugações                       diferente para cada                  diferente só para
                                           pessoa gramátical                     a terceira pessoa do singular
Contrações                         são obrigatórias                        opcionais e informais
Gênero                               para todos os substantivos
                                          e a maioria dos pronomes          só para pronomes pessoais
Liaisons (ligações)                       sim                                            não
Negação                                duas palavras                             uma palavra
Preposição                        certos verbos requerem              muitos phrasal verbs
Ritmo                                acentuado no fim de cada           sílaba forte em cada 
                                         grupo rítmico                              palavra, mais forte em palavras importantes
Subjuntivo                                comum                                extremamente raro

Obs.: Liaison é o hábito de pronúncia que consiste em reunir a última consoante de uma palavra normalmente não pronunciada à vogal inicial da palavra seguinte. (por exemplo les amis pronuncia-se [lezami]).

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Considerações iniciais

     Este blog foi concebido com a intenção de ser um espaço no qual todos aqueles que se interessam pelo assunto possam nele encontrar uma fonte de inspiração para prosseguir com seus estudos e de ser um meio onde possamos trocar conhecimentos, ídéias, dúvidas, opiniões, enfim, onde a ação criativa de cada um possa ser útil ao nosso propósito.
     Comecemos, pois, com esta pergunta: haverá algum método que possa assegurar a certeza de que vamos atingir o nosso objetivo? Bom, ao fazer essa pergunta para mim mesmo, veio-me em mente dois aspectos do mesmo problema: a feitura de um método, que poderia ser útil para visualizarmos todo o percurso de nossa caminhada e, por outro lado, a incerteza quanto a um pensamento metodológico que possa prever e descrever todos os passos que asseguraram a nossa vitória.
     Por este motivo, busquei traçar, em vez de um método, um plano, que, embora seja simples, busca, ao mesmo tempo, fornecer à pessoa iniciante uma visão geral e um campo de liberdade no qual ela possa interagir-se independentemente com seu meio.
     Esse plano, ou melhor, planejamento, foi extraído do livro Administração Geral e Pública, de Idalberto Chiavenato, e consiste em uma série sequencial de passos, a saber:

  • Definir os objetivos: o estabelecimento dos objetivos nos servirá como direção para as ações futuras;
  • Verificar qual a situação atual em relação aos objetivos: particularmente, acho muito importante esse ponto, pois ele nos permite fazer uma auto-avaliação de nossa situação atual com relação aos objetivos que nós desejamos alcançar;
  • O terceiro e o quarto passos, que são, respectivamente: Analisar as alternativas de ação e escolher um curso de ação entre as várias alternativas, não serão utilizados, uma vez que tal curso de ação já foi escolhido;
  • E, finalmente, o último passo é: implementar o plano e avaliar os resultados. A implementação do plano se traduz no efetivo comprometimento em estudarmos ativamente, e a avaliação do resultado será o resultado positivo ou negativo que obtivermos quando da realização da prova

     Quanto ao curso de ação, esclarecemos desde já que ele é o próprio edital do concurso. Embora não estudaremos estritamente só o que foi pedido no edital, iremos pautar o nosso plano por ele.

     Assim sendo, vamos dar início à nossa trajetória, que pode ser circular ou linear.Isso vai depender de um pouco de sorte e de muito estudo!