sábado, 25 de junho de 2011

Old English

O Ingles Antigo é o desenvolvimento da lingua que foi introduzido na Bretanha pelos invasores Germanos no século V D.C. e se tornou a lingua dominante do que é agora a Inglaterra exlcuindo Cornwall e também o sudeste da Escocia. O Ingles Antigo evoluiu gradualmente para o Ingles Moderno, e qualquer data dada para delinear os diferentes estagios da lingua deve ser um tanto arbitrario. O periodo coberto pelo Ingles Antigo extende do século 425 ao 1100 e a lingua sofreu extensivas mudanças nesse periodo. Os comentarios feitos abaixo sobre a fonologia e a gramatica do Ingles Antigo devem ser entendidos a se aplicarem a algum desse periodo, mas nao todo. Por volta de 1100, a acumulaçao de mudanças tinha se tornado tao grande que é mais apropriado chama-la de Ingles Médio (Middle English).
Uma vez que nao sabemos como as primeiras pessoas germanicas recem-chegadas à Bretanha chamavam suas linguas, encontramos isso referido como englisc no século 1000 e Angla Landes (terra dos Angles) usada no local onde ela era falada. É impossivel estimar o numero total de falantes por todo o perido do Ingles Antigo, mas o Domesday Survey de Guilherme, O Conquistador sugere uma populaçao Anglo-Saxonica dentre um e dois milhoes.
É comum reconhecer quatro dialetos basicos do Ingles Antigo, distinguidos um do outro princiapalmente por seus aspectos fonologicos, mas também por suas peculiaridades morfologicas e léxicas: Northumbrian (northern), Mercian (midlands), Kentish e West Saxon (southwestern). Tentou-se atribuir as principais diferenças dialetais ao periodo premigratorio do continente, depois da tradiçao iniciada com as famosas descriçoes dos invasores germanicos nas assim chamadas Ecclesiastical history of the English people, de Bede. Bede, escrevendo em Latim em 731, disse que a força invasora consistia de tres tribos - Anglos, Saxonios e Jutos - os quais fundaram reinos separados. Porem a opniao da maioria dos estudiosos modernos sublinham a complexidade dos fatores sociais e politicos que supostamente contribuiram para a formaçao de dialetos regionais além da variaçao que teria vindo com os primeiros colonizadores Germanicos. 
O nosso conhecimento dos dialetos do Ingles Antigo e como eles se desenvolveram é limitado pela escassez de registros em Ingles até o século IX. Em razao de esse ser um periodo de hegemonia politica de Wessex acompanhada por uma explosao de atividades literarias associadas com Alfredo, O Grande (que reinou de 871 a 899), a maioria dos manuscritos sobreviventes em Ingles foram escritos no dialeto do Saxonia-Ociedntal e o Saxao-Ocidental se tornou um tipo de padrao para a escrita na maior parte do pais. Por essa razao, o Saxao-Ocidental é o que é normalmente ensinado como Ingles Antigo. O Ingles Moderno Padrao nao é linearmente descendente do Saxao Ocidental, mas deriva principalmente das variedades Mercianas dosudoeste para o qual nossa informaçao no periodo do Ingles Antigo é escassa.


Relaçoes Genéticas


A comparaçao do Ingles Antigo com outras linguas mostram que ele pertencia ao sub-grupo Germanico da extensa familia Indo-Européia, que incluia o Saxao Antigo, o Alto Alemao Antigo, o Frisio Antigo, o Gotico e o Nordico Antigo. Um exemplo de um aspecto fonologico primordial que coloca as linguas Germanicas fora das outras linguas Indo-Européias é a alternancia Germanica da enfase (stress) para a silaba inicial de cada palavra (excluindo certos prefixos). Usando o método comparativo, podemos reconstruir muito do vocabulario e morfologia do Germanico; por exemplo, o Ingles Antigo, o Saxao Antigo e o antigo Frisio compartilham a forma u ̄s (us), que pode ser mostrado ser descendido da mesma forma *uns em Germanico.  A palavra aparece como uns em Gotico e no Alto Alemao Antigo e oss no Nordico Antigo.
Tais comparaçoes indicam que o Ingles Antigo, o Frisio Antigo e o Saxao Antigo compartilham algumas mudanças sonoras que os diferenciam das outras linguas Germanicas. No exemplo citado, a nasal n foi perdida quando ocorrida antes da fricativa s, com um compensatorio prolongamento da vogal nessas linguas, e similaridades desse tipo tem provocados nos estudiosos Germanicos a se referirem a essas tres linguas como 'Ingvaeonic', ou Alemao do Mar do Norte. Um grupo menor do Anglo-Frisio pode ser formado dentro das 'Ingvaeonic'. O Ingles Antigo e o Frisio Antigo foram as unicas linguas que articularam a vogal dorsal Indo-Européia ɑ com a posiçao mais à frente na lingua, i.e. para æ. As linguas Ingvaeonicas compartilham com o Alto Alemao Antigo algumas consistentes similaridades que as diferenciam das linguas Escandinavas tais como o Nordico Antigo de um lado (onde a assimilaçao da nasal para a fricativa da oss de *uns), e o Gotico de outro lado, e portanto uma divisao tripartite das linguas germanicas em Oeste, Norte e Leste é tradicional. Essa ilustraçao se torna complicada pelo fato de que os falantes das linguas Germanicas do Oeste e Norte mantiveram um razoavel grau de contato entre si. Mesmo quando suas linguas ficaram sujeitas a desenvolvimentos separados, elas mantiveram uma certa unidade e compartilharam inovaçoes. O resultado é que o Ingles Antigo era mais semelhante ao Nordico Antigo do que com o Gotico Alemao Oriental. 


Registros Escritos


Nunca poderemos saber ao certo como o Ingles Antigo se parecia ou tudo sobre a sua gramatica, mas ha muito coisa que sabemos. Nao podemos saber a qualidade exata da vogal em que era escrita como mus (mouse), mas podemos dizer que ela deve ter sido uma vogal longa, alta e dorsal. Antes de mais nada, a comparaçao das linguas Germanicas irmas e a historia posterior da palavra em Ingles (que viu a vogal se transformar em um ditongo) torna essasuposiçao a mais verossimel. Por outro lado, os escribas do Ingles Antigo adaptaram o Alfabeto Latino para representar sua lingua, e ele teria sido distorcido a usar uma letra para representar um som que era totalmente diverso do som que era usado para representa-lo no Latim.
Os registros escritos do Ingles Antigo nao começaram a aparecer até o século VII em quantidades uteis para seu estudo e o desenvolvimento prévio do Germanico comum. Antes disso, ha algumas inscriçoes nas runas que as tribos Germanicas usavam antes de se converterem ao Cristianismo, quando o Alfabeto Latino foi adotado. As mais antigas dessas inscriçoes datam do século IV ou inicio do século V. Contudo, as runas eram predominantemente usadas para inscriçoes, nao para atividades literarias. As inscriçoes runicas encontradas na Bretanha sao também poucas em numero, embora nos forneçam uma informaçao muito importante (às vezes aberta a mais de uma interpretaçao). Temos uma copia do Codigo de Æthelberht de Kent (do ano 616), embora ele esteja contido em um manuscrito cuja data é muito posterior. Pelo fato de ninguém ter achado util escrever essas leis em Ingles issso colocou o Ingles Antigo isolado das linguas vernaculares daquele periodo anterior, quando o Latim era a unica lingua usada para tal assunto em grande parte da Europa. 
Os escritos mais antigos baseados no Alfabeto Latino, sutilmente adaptados para tratar dos sons do Ingles Antigo, sao principalmente glosas do Latim. Eles sao fontes inestimaveis de informaçao sobre a fonologia e morfologia do periodo mais antigo do Ingles Antigo, mas por outro lado nao nos podem ensinar muita a respeito da sintaxe de sua sintaxe. Os materiais se tornaram abundantes somente no tempo de Alfredo o Grande. Temos mais resquicios do Ingles Antigo do que qualquer outra lingua Germanica desse periodo anterior, indo de poesia, materiais religiosos, livros medicinais, uma gramatica do Latim para falantes Ingleses, a cronica Anglo-Saxonica e outros, totalizando aproximadamente tres milhoes de palavras.


Fonologia: do Germanico ao Ingles Antigo


Um dos aspectos mais notaveis do Ingles Antigo é que a assimilaçao de sua fonologia é encontrada em mais de uma forma. Em certa medida, a assimilaçao é encontrada na maioria das linguas Germanicas, mas o Ingles Antigo passou por seu proprio processo assimilatorio. Um processo normalmente conhecido como i-umlaut é um dos desenvolvimentos mais importantes do periodo pré-historico do Ingles Antigo quando ele se separou de suas lingua irmas quando ainda nao era escrito. A essencia desse processo foi que a vogal frontal alta ou semivogal palatal em uma silaba provocou uma vogal dorsal precedente a se tornar uma vogal frontal, simplificando-a sobremaneira. Isso é um tipo de assimilaçao antecipatoria, em que o falante antecipa  a vogal de uma silaba vindoura ao mover a lingua em uma posiçao fronteira muito depressa.  Uma assimilaçao de um mesmo periodo anterior envolvia a palatizaçao de consoantes velares que eram adjacentes a vogais frontais ou uma semi-vogal palatal na mesma silaba. As palatais stops*,  tem tendendcia a se tornarem africativas (aquelas que combinam o som de uma oclusiva, e.g. /t, d/, com o de uma fricativa, e.g. /s, z/), e foi isso o que aconteceu no Ingles Antigo, resultando que o Germanico dik* se transformasse em ditch.
A importancia da estrutura silabica no Ingles Antigo é vista como um processo que excluia a vogal final apos silabas 'pesadas', que ou continham uma vogal longa ou terminavam em um encontro consonantico.  Assim, a forma plural nominativa era scipu para ship, porque a base scip- tinha uma vogal curta e terminava em uma unica consoante, enquanto word era ou o singular nominativo 'word' ou o plural 'words' porque o encontro consonantico rd provocava a exclusao do sufixo plural -u.
Uma diferença interessante entre o Ingles Antigo e as linguas que escenderam dele é que o voicing (som proferido com resonancia das cordas vocais) nao era um atributo distintivo da maioria das fricativas. No Ingles Moderno, o [f] e o [v], escrito como  ƭ e ʋ, sao percebidos como dois sons distintos, como a diferença entre fat e vat ilustram. Porém no Ingles Antigo, elas eram percebidas como variantes essencialmente do mesmo som ou fonema. A fricative labiodental era pronunciada como o 'voiced' [v] quando rodeada por som voiced (proferido com ressonancia das cordas vocais, tais como as vogais), mas pronunciada como o voiceless [f] (cuja pronuncia nao causa ressonancia das cordas vocais) quando de outra maneira; e.g., embora deofol fosse escrito com um f, ele era mais provavelmente pronunciado como o devil do que sua ortografia sugere.


Efeitos do contato das linguas


Algumas palavras comuns emprestadas do Latim tais como cese 'cheese' (do Latim caseus) suportam a evidencia de mudanças sonoras anteriores e sao acreditadas a teream entrado na lingua antes da invasao Bretanha. A conversao ao Cristianismo levou a escrita do alfabeto Romano para os Anglo-Saxoes (com a ajuda dos missionarios Irlandeses). Nao obstante, os eclesiasticos Anglo-Saxoes preferiram utilizar fontes naturais para traduzir os conceitos eclesiasticos, e.g., halig gast 'holy gost' como a traduçao de spiritus sanctus; spirit nao foi usado até o periodo do Ingles Médio.
Uma vez que a Bretanha era habitata por Celtas antes da invasao Germanica, se poderia supor que o Ingles Antigo exibisse muito da influencia céltica, porém o numero de palavras célticas tomadas pelo Ingles Antigo, além dos nomes de lugares tais como Tames 'Theme' era muito pequena. Isso é um modelo tipico de uma invasao, c.f., a retençao de nomes de lugares aborigenes pelos colonizadores Ingleses nos Estados Unidos e Australia. Opnioes de especialistas variam enormemente quanto ao numero de imigrantes Germanicos e quanto ao deslocamento dos Celtas, mas se isso foi um caso de mudança linguistica pela populaçao Céltica ou a difusao da lingua pela difusao do povo Germanico, nao ha evidencia convincente do substrato da influencia Céltica sobre a gramatica ou fonologia do Ingles Antigo.
Em contraste, nao pode haver nenhuma duvida a repeito do estreito contato com os falantes Escandinavos, particularmente no Nordeste do pais, devido aos ataques Escandinavos que começaram no século VIII, que posteriormente se tornaram tentativas determinadas de colonizaçao e culminaram no controle Dinamarques de todo o pais por Cnut (1017-1035). Tal contato nao poderia deixar de ter consequencias linguisticas, embora a natureza de tais consequencias seja um assunto sujeito a discussao. Nossa incerteza é aumentada pela escassez de registros escritos das areas onde o contato com os Escandinavos maior com o Ingles Antigo. Muitas das consequencias no Ingles nao apareceram até o Ingles Antigo muito tardio ou no periodo do Ingles Médio. Contudo, o sistema inflexional dos Lindsfarne Gospels, uma glosa interlinear que foi acrescentada para um texto latino dos evangelhos no século X, em uma area que estava sob o dominio dos Escandinavos por mais de um século, exibe consideravel modificaçao do sistema inflexional apresentado abaixo. Muitas dessas mudanças, tais como a generalizaçao de -es como a flexao genitiva singular para as classes declensionais para onde ele historicamente nao pertencia, sao sinais de mudanças mais genéricas no periodo do Ingles Médio. Isso sugere que o contato com os falantes Escandinavos representou um importante papel na formaçao dos dialetos onde o contato foi mais intenso, com modificaçoes para o posterior desenvolvimento do Ingles Padrao. Contudo, é provavel que em muitas ocasioes o contato foi essencialmente tirar as limitaçoes das mudanças linguisticas que ja estavam em progresso.
Com tais linguas intimamente relacionadas, é muito dificil dizer se uma palavra que so foi gravada no periodo do Ingles Antigo tardio ou posterior é de origem nativa ou um empréstimo das linguas Escandinavas, mas é certo que um grande numero de palavras usuais, tais como take, que substituiram os nativos niman, sao de origens Escandinavas. 
A influencia do Frances sobre o Ingles data marcadamente depois da Conquista Normanda em 1066 e portanto estende-se em grande parte fora do periodo do Ingles Antigo, nao obstante esse contato nao começar com a conquista; um fato especialmente notavel é que havia uma forte presença Normanda na corte de Edward, o Confessor (reinou de 1042-1066). Muitas paalvras emprestas do Frances entraram no periodo do Ingles Antigo, incluindo prud 'proud', data do ano 1000.


Caracteristicas Gramaticais


O Ingles Moderno ainda exibe muito do léxico e muitas das caracteristicas estruturais Germanicas do Ingles Antigo, mas o Ingles Antigo é muito diferente quando aprendido como uma lingua estrangeira. Uma das distinçoes principais do Ingles Antigo e do Ingles posterior encontra-se na morfologia inflexional mais elaborada do Ingles Antigo. Por exemplo, os substantivos e seus modificadores eram inflexionados segundo dois numeros (singular e plural), segundo tres generos (neutros, masculinos e femininos), e quatro casos (nominativo, acusativo, genitivo e dativo). As distinçoes foram feitas principalmente por sufixaçao, mas também por mutaçao do radical vocalico, como no singular feminino dativo/acusativo boc 'book' exceto o dativo singular bec. Um caso instrumental era distinguido em uma extensao limitada, mas ele tinha principalmente fundido com o caso dativo, e frase preposicional era mais geralmente empregada do que o caso instrumental. Aqui, como em muitos outros lugares, as frases preposicionais ja estavam sendo usadas para suplementar a marcaçao de caso. Poucas formas eram inequivocadamente marcadores (markers) de uma unica combinaçao de caracteristicas gramaticais; a maioria dos substantivos masculinos nao distinguiam o nominativo do acusativo ou no singular ou no plural, enquanto a maioria dos substantivos femininos faziam essa distinçao no singular mas nao nenhuma distinçao era feita nos casos nao-nominativos. Os modificadores dos substantivos, especialmente os determinantes, distinguiam caracteristicas gramaticais mais consistentemente, e.g., o masculino 'the stone' é se stan (nominativo), þone stan (acusativo), þæs stanes (genitivo) e þam stane (dativo). Poucas distinçoes foram feitas no plural mesmo com os demonstrativos, e.g.,  þa tanas 'the stones' poderiam ser nominativas ou acusativas. 
O sistema mais elaborado de 'case marking' fez uma ordem mais flexivel de constituintes possiveis do que é encontrado no Ingles Moderno ou mesmo no Ingles Médio. 'The man killed the king' poderia ser expresso como ou se man acwealde þone cyning ou þone cyning acwealde se man, porque se man era nominativo, e identificava o sujeito sempre que ele era posicionado e a forma acusativa þone cyning assinalava o objeto. Ja no Ingles Antigo, contudo, a ordem sujeito-objeto (como no primeiro de nossos exemplos) era muito mais frequente do que Objeto-Sujeito. Essa ordem era usual mesmo quando o case marking tivessse tornado claras as relaçoes gramaticais sem a ajuda da ordem das palavras. 
A posiçao do verbo também era variavel. O Ingles Antigo exibe a preferencia pelo verbo de segunda ordem em clausulas principais e verbo de ordem final em clausulas subordinadas encontradas em outros dialetos Germanicos antigos, mas no Ingles Antigo, a posiçao do segundo verbo em clausulas principais nao era tao regular quanto ela é em, por exemplo, o Moderno Holandes, e somente por volta de 50% das clausulas subordinadas tem ordem verbal final. A ordem dentro do sintagma nominal também era variavel mas longe de ser flexivel, com a ordem prenominal do Substantivo Adjetivo Determinante familiar do Ingles Antigo ja um padrao nao-marcado. A ordem pos-nominal encontrada  men þa leofestan 'the most beloved people' (lit. 'people the belovedest'), era principalmente limitada a vocativos e à poesia, e é presumivelmente uma reliquia do posicionamento pos-nominal mais difundido dos determinantes no Germanico. A cenario foi colocado para mais dependente da ordem das palavras no periodo do Ingles Médio.





Fonotatica

Um termo usado em fonologia para se referir à concordancia sequencial (ou comportamento tatico) das unidades fonologicas que ocorrem em uma lingua - o que a faz considerar como uma palavra fonologicamente bem formada. Em Ingles, por exemplo, sequencias consonantais tais como /fs/ e /spm/ nao ocorrem INICIALMENTE em uma palavra e ha varias restriçoes nas possiveis combinaçoes de consoante + VOGAL que possa ocorrer, e.g. /ɳ/ so ocorre depois de algumas vogais curtas /æ, ı, ɒ, ʌ/. Esses 'sequential contraints*' podem ser exprimidos em termos de regras fonotaticas. A fonotatica generativa é a concepçao de que nenhum principio fonologico pode se referir à estrutura morfologica; qualquer padrao fonologico que seja sensivel à morfologia (e.g. afixaçao) é representado so no componente morfologico da gramatica, nao na fonologia. 


* o termo 'constraint' é usado em linguistica, especialmente na gramatica generativa, para se referir a uma condiçao que restringe a aplicaçao de uma regra, para assegurar que a sentença gerada seja bem formada. Por exemplo, em Fonologia uma distinçao pode ser feita entre constraints simultaneos e sequenciais. O primeiro exprime as restriçoes na ocorrencia simultanea de 'features', e.g., um segmento nao pode ser ao mesmo tempo [+alto] e [+baixo]; o ultimo exprime as restriçoes sobre as sequencias de 'features', e.g., se uma lingua permite encontros consonantais.


Grupos consonantais e alguns sufixos gramaticais


O sufixo que forma o tempo passado dos verbos regulares é escrito -(e)d, como em looked e baked. A pronuncia é /t/, /d/ ou /id/, dependendo do ultimo fonema do verbo ao qual o sufixo é acrescentado, e.g., kicked /kikt/, begged /bɛgd/, waited /waitid/. Embora esses tres sejam formas distintas, eles expressam o mesmo significado, tempo passado. A unidade de significado a qual designamos de Tempo Passado (Past Tense) é um morfema. Alguns morfemas soa sempre expressos da mesma maneira.; outros, tal como aqueles que discutimos agora, tem duas ou mais formas, chamadas de seus aloformes (alophorms). /t/, /d/ e /id/ sao tres alofomes do morfema Past Tense - e ha outros aloformes vistos nos verbos irregulares. 


Exploraçao: Tempo Passado Regular


Os verbos listados abaixo ilustram todas as consoantes e algumas vogais em posiçoes finais de palavras. Escreva /t/, /d/ e /id/ depois de cada verbo conforme a pronuncia do sufixo. Depois resolva a regra que determina a pronuncia. 


step             wait            reach            look
rub              need           budge           hug
laugh          race             finish           hum
love            breathe        raise            massage
fan              play            annoy          gnaw


Regra: 


a) O sufixo do verbo de Tempo Passado é pronunciado /id/ depois dos verbos que terminam com ––––– ou ––––.


b) ele é pronunciado /t/ apos ––––.


c) ele é pronunciado /d/ depois de todos os outros fonemas.


2) O sufixo que forma o plural dos substantivos regulares, escrito -(e)s, é pronunciado /s/, /z/, ou /iz/, dependendo do ultimo fonema do substantivo ao qual o sufixo é acrescentado. Dessa forma, cats termina com /s/, dogs com /z/, e horses com /iz/. Essas tres formas sao alomorfes do morfema de numero plural (que tambem tem aloformes irregulares).


Numero Plural Regular


Os substantivos mostrados abaixo ilustram todas as consoantes e algumas vogais em posiçoes finais de palavras. Escreva /s/, /z/ ou /iz/ depois de cada substantivo conforme a pronuncia do sufixo e depois determine a regra que diz em qual posiçao cada uma das tres variantes ocorrem.


rib               bed              bridge               leg
cuff             smith           hive                  lathe
kiss             wish            rose                  garage
arm             pin               ring                  bell
tree             day              law                   car


Regra:


a) o sufixo regular plural é pronunciado /iz/ apos ––––.
b) ele é pronunciado /s/ depois de ––––.
c) ele é pronunciado /z/ depois de todos os outros fonemas.


A forma do sufixo possessivo é escolhida pelas mesmas regras que se aplicam ao sufixo regular plural?


Outro sufixo é o assim chamado terceira pessoa singular do presente dos verbos, como em (he) likes, (she) loves, (it) misses, com as mesmas tres variantes /s, z, iz/. Examine os verbos do paragrafo 1, acima, e determine a pronuncia dos sufixos apos cada um. 


Questoes: Presente Teceira Pessoa


A variacao nesse sufixo é determinada pela mesma regra que o numero plural?


A forma verbal is é frequentemente contraida, como em The milk's here, The coffee's boiling, The glass's broken. O verbo auxiliar has sujeita-se ao mesmo tipo de contraçao, como em Steven's been working, Alice's told me etc.


Questoes: 'is' e 'has' reduzido


8E Quais sao as pronunciaçoes variantes para as formas contraidas de 'is' e 'has'?
Quais sao os fatores determinantes?


As variantes sao as mesmas /s, z, iz/. A regra é a mesma para os sufixos /s, z, iz/. Note que a contraçao de has ocorre so quando ele é um verbo auxiliar. A maioria dos falantes em Ingles nao fazem tal distinçao quando has é um verbo principal, com em Sue has an appointment at two o'clock, The violin has a broken string. É claro, a contraçao pode ocorrer no equivalente Sue has got an appointment at two o'clock, The violin has got a broken string. 
Ha uma diferença entre os sufixos (formas verbais possessivas, plurais e de terceira pessoa) e os verbos is e has. Os ultimos tem as formas /s, z, iz/ se a contraçao ocorre, porem ela é opcional. Nao ha tal opçao para os sufixos. 
Ao discutir essas variaçoes, /t, d/ id/ e /s, z., iz/ nos temos até aqui descritos quais sao e em quais ambientes elas ocorrem. Mas se nos examinarmos um pouco alem, nos podemos observar que a escolha é parcialmente determinada por constraints fonotaticos, ou, nos podemos dizer, pelo que é natural no sistema sonoro do Ingles. 


A variante /id/ ocorre depois de /t/ e /d/: waited, needed; /t/ ocorre depois de obstruentes atonos, exceto /t/: slipped, kicked, kissed etc; /d/ ocorre em qualquer lugar - depois de obstruentes tonicos exceto /d/ - rubbed, hugged, buzzed etc. - e apos todas as sonorantes - nasais, liquidas e vogais - por exemplo, fanned, called, played. Dessa forma /d/ é a forma basica, ou estruturante, desse morfema. O sufixo que indica tempo passado para os verbos regulares. Ele ocorre em mais ambientes do que as outras duas variantes, o que é mais importante, os outros dois sao o resultado de ajustes necessarios. As palavras inglesas nao terminam com duas consoantes identicas como /tt/ ou /dd/ ou em consoantes que diferem so em voz como /td/ ou /dt/. O tempo passado de wait /weit/ e need /niid/ nao pode ser /weitd/ e /niidd/. Tais sequencias de consoantes ocorrem em algumas linguas mas nao no Ingles. O Ingles requer a inserçao de uma vogal entre /t/ ou /d/ e o sufixo /d/. 
Da mesma forma, as palavras inglesas nao terminam com dois obstruentes que diferem em tonalidade. As formas de Tempo Passado de skip, kiss e kick nao podem ser /skipd/, /kisd/, /kickd/. Um ajuste é feito: /d/ se torna o atono /t/ para corresponder ao fonema precedente. 
Finalmente notamos que /d/ ocorre apos obstruentes tonicos, onde nao esperariamos que /t/ ocorresse, mas ele também ocorre apos sonorantes - e.g. fanned, called, played - onde /t/ e /id/ sao teoricamente possiveis: /fænt/ e /fænid/ sao pronunciaveis. Claramente /d/ é a forma basica desse morfema.
Para tratar a matéria dentro da estrutura da fonologia generativa nos dizemos que o sufixo tem uma forma  estrutural singular ocorrendo com todos os verbos regulares. Representamos o sufixo como //#d//. As formas de superficie, ou reais pronuncias dos sufixos sao o resultado de dois ajustes, ou regras, que se aplicam à forma estrutural a fim de torna-la pronunciavel dentro do sistema sonoro geral do Ingles. As regras sao:


Inserçao de Vogal: depois de /t/ e /d/ inserir /i/ antes de //#d//. 


Assimilaçao de voz: depois de uma consoante atona mude //#d// para /t/. 


Mostramos essa mudança como variaçoes das formas de superficies das formas estruturantes. Nas formas estruturantes o sufixo é identico. 


Formas estruturantes    //#pɛt#d#          #kık#d#          #bɛg#d#//
Inserçao de vogais                I                                             
Assimilaçao de voz                                       t
Formas de superficies    /pɛtid                 kikt                bɛgd/







terça-feira, 21 de junho de 2011

Pontuaçao no Alemao

Virgulas

As virgulas sao determinadas pela gramatica do alemao nao quando o escritor sente que uma pausa é apropriada, como acontece no ingles.

Er wirt aber innerhalb von vierzehn Tāgen züruckkommen.
(aber = hovewer)

He will, however, return within a fornight.

Em alemao voce deve sempre inserir uma virgula entre uma clausula independente e uma dependente, nao importa quao curta ela possa ser, e.g.

Ich will das Buch nicht übbers Internet kaufen, obwohl es dort billiger wāre.

I don't want to buy the book over the Internet although it would be cheaper there.

Er wusste, das ich es war.

He knew that it was me.

Quando juntamos duas clausulas independentes (principais) por meio de uma conjunçao coordenativa, uma virgula deve ser inserida entre as duas se a segunda clausula tem seu proprio sujeito, e.g.

Er fliegt heute nach London, aber er kommt morgen schon zurück.

He's flying to London today, but (he) is returning tomorrow.

Mas se o sujeito da primeira clausula também serve como o sujeito da segunda clausula, que é uma possivel variante estilistica tanto no alemao quanto no ingles, voce nao pode separar aquele segundo verbo finito de seu sujeito por meio de uma virgula, e.g.

Er fliegt heute nach London aber kommt morgen schon zurück.

He's flying to London today but (he) is returning tomorrow.

As regras ortograficas pos-1998 introduziram duas pequenas mudanças aqui. Apenas com as conjunçoes coordenadas oder (or) e und (and) uma virgula tem se tornada opcional mesmo se o sujeito for mencionado.

Meine Festplatte funktioniert nicht mehr richtig (,) und ich muss sie reparieren lassen.

My hard disk is not working properly and I have to get it repaired.

Uma outra pequena mudança desde 1998 é que uma virgula é agora opcional antes de uma clausula infinitiva consistindo, além do zu, mais um infinitivo, e.g.

Er hat probiert (,) ihr zu helfen.

He tried to help her.

 Nenhuma virgula mais é requerida quando a clausula infinitiva nao for expandida além de zu mais um infinitivo, e.g.

Er hat probiert zu helfen.

He tried to help.

Quando uma clausula subordinada precede uma clausula principal em uma sentença complexa, a virgula é uma ferramenta de leitura indispensavel para indicar qual verbo pertence a qual clausula, e.g.

Wenn er mir damals geholfen hātte, hātte ich ihm gestern mit dem Umzug geholfen.

If he had helped me back then, I would have helped him with moving house yesterday.

Mas mesmo quando a ordem das clausulas for invertida, uma virgula deve obviamente ser usada, e.g.

Ich hātte ihm gestern mit dem Umzug geholfen, wenn er mir damals geholfen hātte.

I would have helped him with the moving house yesterday, if he had helped me back then.

Em Ingles em tais casos é até o escritor decidir se a sentença é longa o bastante para requerer uma virgula com objetivo de clareza ou nao e nao que os dois estilos de virgula da pessoa sejam os mesmos. Isto definitivamente nao é o caso em alemao.

Virgulas com clausulas relativas

Uma virgula deve ser colocada tanto no inicio quanto no fim de uma clausula relativa, claramente delimitando-a da clausula principal na qual ela esta presa.

Der kuli, mit dem ich den Scheck unterschreiben wollte, war leer.

The biro/ballpoint I wanted to sign the check with was empty.

Dois pontos com discurso direto

Quando o discurso é reportado por meio de clausulas como 'he said', 'she wrote' etc., um sinal de dois pontos é usado em alemao onde no ingles se usa virgula, e.g.

Sie schrie: "Wach auf!"

She shouted, 'Wake up.'

Mas se o discurso direto precede o verbo que reporta, uma virgula é usada, em vez do sinal de dois pontos, e.g.

"Mach schnell", sagte er.

'Hurry up', he said.

"Der Vertrag ist Unterzeichnet  worden", berichtete der Journalist.

"The contract has been signed", the journalist reported.

Uso de letras maiusculas

Todos os substantivos sao capitalizados, e.g., Bruder, Mutter, Sofa.

Adjetivos de nacionalidade nao sao capitalizados, mas os substantivos sao, e.g., eine deutche Frau (a German woman), Sie ist Deutsche (She is a German).

Escrever com letra maiuscula/minuscula é expresso por groß- e kleinschreiben, e.g.

Er kann Deutsch; hier wird 'Deutsche' großgeschrieben.

He speaks German; here German is written with a capital letter.

Beethoven ist ein bekannter deutsch Komponist; hier wird 'deutsch' kleingeschrieben.

Bethoven is a well-known german composer; here 'german' is written with a small letter.

Devido a razoes historicas, o moderno alemao usa a palavra para 'they' como a forma educada de se tratar, para distinguir entre 'they/ them/to them/their' e 'you/ to you/ your'. Esse ultimo é todo escrito com letra maiuscula, e.g., Sie/Ihnen/Ihr.

Hifens

Compostos sao raramente hifenizados como no ingles, onde frequentemente vacilamos entre usar um hifen em um dado composto, escreve-lo como duas palavras ou escreve-lo como uma palavra, e.g. Wohnzimmer (lounge-room, lounge room loungeroom, Küchentür (kitchen door), spottbillig (dirt cheap).
Quando um hifen é usado, como em an Sonn- und Feiertagen (on Sundays and holidays) e auf- und zumachen (to open and shut) é entendido que isso quer dizer an Sonntagen und Feiertagen e aufmachen und zumachen e previne a repetiçao da segunda parte do composto.

A nova ortografia

A Alemanha reformou sua ortografia (Rechtschreibung) em 1998 pela primeira vez depois de quase cem anos. A reforma, chamada die Rechtschreibreform tem levantado muita controvérsia. Embora todas as agencias governamentais, escolas e editoras aderiram às novas recomendaçoes, muitos individuos de recusam a fazer isso, e obviamente todas as publicaçoes anteriores a 1998 estao na velha ortografia. As diferenças, contudo, sao minimas.
Sem duvida a mudança mais importante que ocorreu na ortografia em 1998 foi no uso do ß, chamado scharfes e/ou ess tset (i.e., o correspondente alemao para sz, uma vez que o simbolo é derivado de um longo s e um z no velho alemao impresso e escrito).
Sob as novas regras ß somente sera usado apos vogais longas e ditongos, e.g., schießen, Spaß, stoßen, draußen, fleißich, scheußlich. Portanto as ortografias Schoß e schoss, Fuß e fuss indicam ao leitor que ha uma diferença no comprimento da vogal. As vezes ß e ss alternam dentro de uma familia, indicando o comprimento da vogal, e.g., schießen (to shoot) e schoss (shot).
Sob a antiga ortografia ß era usado apos vogais longas, como agora, mas também no final das palavras, sem levar em consideraçao o comprimento da vogal precedente e antes das terminaçoes verbais t, e -te/-ten, e.g., schoß, Fluß, paßt, mußte agora sao todas schoss, Fluss, passt, musste.
A unica outra importante mudança diz respeito ao uso de letras maiusculas onde uma certa inconsistencia tinha surgido. Decidiu-se que qualquer palavra que possivelmente possa ser percebida como um substantivo deveria ser capitalizada, algo que tinha anteriormente sido um tanto inconsistente, e.g., auf deutsch > auf Deutsch, heute abend > heute Abend.

Caso

O Alemao é uma lingua inflexional. Inflexoes sao terminaçoes gramaticais. As terminaçoes plurais dos substantivos (books, children, oxen), e as terminaçoes das varias pessoas do verbo (I go, he goes) sao exemplos de terminaçoes inflexionais que tanto o alemao quanto o ingles compartilham. O caso é outro tipo de inflexao. Em seu nivel mais simples o caso é a distinçao entre o sujeito (o caso nominativo), o objeto direto (o caso acusativo) e o objeto indireto (o caso dativo, i.e., 'para') em uma sentença, e.g.

Der Vater hat seiner Tochter eine Email geschickt. 

The father (nom.) sent an email (acc.) to his daughter (dat.)

Essa sentença mostra o caso sendo aplicado a substantivos, der, seiner e eine sendo os indicadores nao somente do genero de seus respectivos substantivos, mas também de seus casos, algo que o Ingles so pode indicar com a ordem das palavras. Agora olhe esta variante:

Seiner Tochter hat der Vater eine Email geschickt.

O significado dessa sentença é o mesmo da anterior, porém a conotaçao é diferente, i.e., foi para sua filha que ele enviou e nao para qualquer outra pessoa. As formas seiner e der indicam claramente quem esa fazendo o envio (o sujeito ou nominativo) e a quem o email esta sendo enviado (o objeto indireto ou dativo). Uma vantagem do caso, como esse simples exemplo ilustra, é que ele pode dar ao locutor uma maior escolha na ordem das palavras.

O Ingles tem preservado somente formas de casos separados em seus pronomes, e.g., 'I/me', 'he/him', 'she/her', 'we/us', 'they/them'; apenas na segunda pessoa, i.e. 'you/you', é que nao ha mais distinçao, embora anteriormente era 'thou/thee' e 'ye/you'. O Ingles usa 'me', 'him', 'her' etc. tanto no acusativo quanto no dativo, e.g.

Ich habe ihn zu Hause besucht und ihm einer Scheck für $55 gegeben.


I have visited him (acc.) at home and gave him (dat.) a cheque (acc.) for $55 dollars.

A diferença entre 'who' e 'whom', que agora esta desaparecendo no Ingles, é também um exemplo de caso, i.e. nominativo versus acusativo/dativo, e.g.

Who lives here?
Wer wohnt hier?


Who(m) did you visit in Berlin?
Wen hast du in Berlin besucht?

Who did you give the cheque to?/ To whom did you give the cheque?
Wen hast du den Scheck gegeben?


O fato de que whom esta rapidamente desaparecendo no Ingles fornece um exemplo vivo (apenas) do destino das distinçoes de casos no Ingles. Porém a questao é que estao ainda muito vivas e ativas no Alemao e contribuem no que os falantes ingleses acham de dificil no aprendizado do alemao. Mas uma vez que voce tenha colocado a mente sobre o conceito de caso ele se torna extremamente logico e aprende-lo corretamente é uma das grandes satisfaçoes de aprender o alemao.
Em alemao, as terminaçoes de casos nao se aplicam apenas aos exemplos acima. Adjetivos levam terminaçoes de casos, e verbos e preposiçoes podem requerer que pronomes e substantivos que os seguem levem ou o caso dativo, ou o genitivo, ou o acusativo, e.g.

Unser alter (nom. m) Nachbar hat einer sehr netten (acc. m) Sohn.
Our elderly neighbour has a very nice son.

Er hat mir geholfen (o verbo helfen leva um objeto dativo).
He helped me.

Meine Frau ist böse auf mich. (böse auf = acc. = angry with)
My mother is angry with me.

Terminaçoes de casos em substantivos

Em poucos casos especificos os substantivos levam terminaçoes de casos, nao apenas os determinantes (i.e. artigos definidos e indefinidos, possessivos etc.) parados diante deles como ilustrado acima. Esses poucos casos precisam ser notados.
Todos os substantivos masculinos e neutros levam uma terminaçao -(e)s no caso genitivo no singular; os substantivos monossilabicos podem levar -es em vez de simplesmente -s em sons mais formais da lingua, mas voce nunca estara errado se simplesmente acrescentar -s, exceto se o substantivo termina em -s, ß ou z, quando -es devera ser usado, e.g.

der Name seines Sohn(e)s.
his name son's.

der Anfang des Gebets.
the beginning of the prayer.


die Größe des Kreuzes.
the size of the cross.

Nos estilos de escrita muito formais e em textos monossilabicos escritos mais antigos e substantivos neutros no dativo singular opcionalmente leva uma terminaçao -e, e.g.

hinter dem Baume.
behind the tree.

auf dem Meeresgrunde.
at the bottom of the sea.


Dem Deutschen Volke.
To the German peoples.

Geralmente falando, nos dias atuais essa terminaçao é limitada a expressoes padrao, e.g.

zu Hause
at home

in Grunde genommen
basically

im Laufe der Zeit
in the course of time

Substantivos de todos os tres generos devem acrescentar um n no plural dativo se a forma plural ja nao termina em -n, e.g.

in den Zimmern (> Zimmer)
in the rooms

unter der Bäumen ( > pl. Bāume)
under the trees

von de Mādchen ( > pl. Mādchen ja termina em n)
from the girls

Outros usos do caso nominativo

Um substantivo usado isoladamente (i.e. nao como parte de uma sentença) é suposto estar no caso nominativo, e.g.

Ein toller Film, nicht?
A great film, don't you think?

Se um substantivo isolado é de fato o objeto de uma sentença de outro modo nao pronunciada, como em respostas abreviadas a questoes, o acusativo ou dativo pode ser requerido, e.g.

A: Was liest du? B: Eine Roman.
A: What are you reading? B: A novel.

A: Wem hast du das Geld gegeben? B: Dem Sohn.
A: Who did you give the money to? B: The son.

Os quatro Casos do Alemao: Sumario

O Ingles também tem caso, mas ele so é aparente com pronomes, nao com substantivos, como no alemao. Quando 'he' muda para 'him' em Ingles, isso é exatamente a mesma coisa que acontece quando der muda para dem em Alemao (e er muda para ihn). Isso permite ao Alemao ter mais flexibildade na ordem das palavras, como nos exemplos abaixo, em que o caso nominativo (sujeito) esta em vermelho:

Der Hund heißt den Mann. The dog bites the man.
Den Mann heißt der Hund. The dog bites the man.
Beißt der Hund den Mann? Is the dog biting the man?
Beißt den Mann der Hund? Is the dog biting the man?

Uma vez que o Ingles nao tem os mesmos marcadores de caso (case markers), i.e., den, der, ele depende da ordem das palavras. Se voce diz 'Man bites dog' em Ingles em vez de 'Dog bites man', voce muda o significado. Em Alemao a ordem das palavras pode ser mudada para enfase (como acima) - sem alterar o significado basico.



A seguinte tabela mostra os quatro casos com o artigo definido (der, die, das), o artigo indefinido e os pronomes de terceira pessoa (er, sie, es). Mudanças do caso nominativo (sujeito) sao indicadas em vermelho.