quarta-feira, 30 de março de 2011

A concepção de significação gramatical segundo Boas

The man killed the bull ("O homem matou o touro"). As glosas que Boas fez desta frase no seu epítome Language (1938) constituem uma de suas contribuições mais penetrantes à teoria linguística. "Na linguagem", diz Boas, "a experiência a ser comunicada é classificada de acordo com certo número de aspectos distintos" (1938, p. 127). Assim, nas sentenças, "o homem matou o touro" e "o touro matou o homem", duas sequências opostas de palavras exprimem uma experiência diferente. Os "tópicos" (termo genérico sugerido por Yuen Ren Chao para designar o sujeito e o objeto) são os mesmos, homem e touro, mas o agente e o paciente de distribuem de forma diversa.
A gramática, segundo Boas, relaciona, classifica, exprime os diversos aspectos da experiência e, além disso, realiza outra importante função: "determina aqueles aspectos de cada experiência que devem ser expressos". Boas revela, sagazmente, a obrigatoriedade das categorias gramaticais como o traço específico que as distingue das significações lexicais:
"Quando dizemos: The man killed the bull, entendemos que um homem único e definido matou, no passado, um touro único e definido. Não podemos exprimir esta experiência de maneira tal que permaneçamos em dúvida quanto se se trata de uma pessoa definida ou indefinida, de um touro definido ou indefinido, de uma ou mais pessoas ou touros, do presente ou do passado. Temos de escolher entre os aspectos, e um ou outro deve ser escolhido. Os aspectos obrigatórios são expressos por meio de procedimentos gramaticais (1938, p. 132)".
Em nossa comunicação verbal, defrontamos um conjunto de escolhas binárias. Se a ação referida é kill e se the man e the bull funcionam como agente e paciente, respectivamente, a pessoa que fala tem, em inglês, de escolher entre (A) uma construção Passiva e uma construção Ativa, a primeira enfocada no paciente, a segunda no agente. Nesse último caso, o paciente, e no anterior, o agente, podem ou não ser designados: the man killed (the bull) e the bull was killed (by the man). De vez que a menção do agente é facultativa nas construções passivas, a omissão não pode ser encarada como elíptica, ao passo que numa sentença como was killed by the man constitui uma elipse saliente. Tendo escolhido a construção ativa, a pessoa que fala deve, ademais, fazer uma série de escolhas binárias entre, por exemplo, (B) Pretérito (remoto) ou Não-Pretérito: killed contraposto a kills; (C) Perfeito - na interpretação de Otto Jespersen (1924, 1954) retrospectivo, "permansivo", inclusivo - ou Não-Perfeito: has killed cotraposto a kills; had killed contraposto a killed;  (D) Progressivo (expandido, continuativo) ou Não-Progressivo: is killing contraposto a kills; was killing contraposto a killed; has been killing contraposto a has killed; had been killed contraposto a has killed; (E) Potencial ou Não-Potencial: will kill contraposto a kills; would kill contraposto a had killed; will be killing contraposto a is killing; would be killing contraposto a was killing, will have been killing contraposto a has been killing, would have been killing contraposto a had been killing (omito os outros verbos auxiliares da série dupla will - shall e com may que, da mesma maneira, têm apenas uma forma no pretérito e uma forma no não-pretérito). (1)
O verbo auxiliar do, empregado nas construções assertivas, verificativas - afirmação ostensiva, "negação nexal" e "interrogação nexal" (termos de Jespersen, 1924) - , não se pode combinar com outros verbos auxiliares e, por isso, o número de escolhas possíveis entre (F) Assertivo e Não-Assertivo é consideravelmente reduzida: does kill contraposto a kills e did kill contraposto a killed. (2)
Visto que toda negação nexal e toda pergunta nexal têm uma modalidade assertiva, verificativa (uma modalidade "veredictiva", conforme a sugestão terminológica de Willard Quine), nesses casos uma formal verbal simples (kills, killed) é obrigatoriamente substituída por uma construção com  do e não há escolha binária, ao passo que a distinção entre uma confirmação e uma simples enunciação positiva requer escolha de uma de duas construções possíveis - the man does kill the bull ou the man kills the bull; he did kill ou he killed. Destarte, a ausência (ou pelo menos o caráter assaz inusitado) de construções interrogativas como killed he ou read you no sistema formal do inglês, tem uma motivação semântica.
Um diagrama pode resumir este panorama das categorias verbais seletivas nas construções pessoais positivas: toda vez, de cada dois termos opostos, a categoria mais especificada, "marcada", é designada por um sinal de mais, e a menos especificada, "não-marcada", por um sinal de menos; sinais de menos entre parênteses indicam a não-existência de sinais de mais correspondentes.
A escolha de uma forma gramatical pelo que fala confronta o que ouve com um número definido de unidades (bits) de informação. O caráter compulsório dessa espécie de informação para qualquer intercâmbio verbal dentro de uma dada comunidade linguística, e a considerável diferença entre a informação gramatical veiculada pelas diferentes línguas, foram plenamente compreendidas por Franz Boas graças ao seu espantoso domínio dos múltiplos padrões semânticos do mundo linguístico: "Os aspectos escolhidos em diferentes grupos de línguas variam fundamentalmente. Para dar um exemplo: enquanto, para nós, o conceito de definido ou indefinido (definiteness), de número e de tempo são aspectos obrigatórios, encontramos em outras línguas localização - perto do que fala ou alhures - , fonte de informação - vista, ouvida (isto é, sabida por ouvir dizer) ou inferida - como aspectos obrigatórios.
Em vez de dizer "O homem matou o touro", eu teria de dizer: Este homem (ou homem) matou (tempo indefinido) visto por visto aquele touro (ou touros)" (Boas, 1938, p. 13).
Aqueles que tenham pendor, para tirar inferências acerca da cultura a partir de uma série de conceitos gramaticais são imediatamente advertidos por Boas: os aspectos que devam ser expressos podem ser abundantes em algumas línguas e raros em outras, mas "paucidade de aspectos obrigatórios não implica, de modo algum, obscuridade do discurso".
Quando necessário, a clareza pode ser obtida pela adição de palavras explicativas. Para exprimir tempo ou pluralidade, as línguas que não tenham tempo ou número gramatical recorrem a meios lexicais. Destarte, a verdadeira diferença entre as línguas não reside no que se possa ou não exprimir, mas no que deve ou não ser expresso pelos que falam. Se em russo diz: Ja napisal prijatelju ("Escrevi a um amigo"), a distinção entre o caráter definido ou indefinido do complemento ("o" contraposto a "um") não é expressa, ao passo que o aspecto verbal indica que a carta foi terminada, e o sexo do amigo é indicado pelo gênero masculino. Como, em russo, tais conceitos são gramaticais, não podem ser omitidos na comunicação ao passo que, diante da mesma frase em inglês: I wrote a friend, as perguntas de se a carta foi concluída a um amigo ou a uma amiga podem ser abruptamente respondidas com um "Não é da sua conta".

kills                                          A     B     C     D     E     F
killed                                        -      -       -      -      -      -
has killed                                  -      +      -      -      -      -
had killed                                  -      -       +     -      -     (-)
will kill                                      -      -       -      -      +    (-)
would kill                                  -     +       -      -      +    (-)
will have killed                          -     -        +     -       +    (-)
would have killed                      -     +       +     -       +    (-)
is killing                                    -      -        -      +      -    (-)
was killing                                -      +        -      +      -   (-)
has been killing                         -     -       +       +      -    (-)
had been killing                         -     +      +     +       -    (-)
will be killing                            -      -        -      +      +    (-)
would be killing                        -       +       -      +      +   (-)
will have been killing                -       -       +      +      +   (-)
would have been killing            -       +      +      +      +   (-)

Substantivos contáveis e incontáveis

Há alguns substantivos que podem ser contáveis, e outros que por natureza não são contáveis.  Aos primeiros podemos usar um a ou an com eles e também torná-los plural. Aos segundos nós não podemos usar um a ou an com eles e nem passá-los para o plural. Portanto, enquanto os primeiros são ditos contáveis, os segundos são ditos não-contáveis.

Dica 1: Se você pode pluralizar um substantivo em uma sentença, ele está funcionando como um substantivo contável.

Há também outro bom método de decidir se um substantivo é contável ou não-contável. Examine o uso das palavras much e many nas seguintes sentenças.

1. He has many children.
2. That man has many interests.
3. That will take too much time.
4. They have many lights on in the house
5. We have much furniture in our store
6. I wonder how much wealth is in Silicon Valley

Como você pode ter notado, many é usado com substantivos contáveis, much é usado com substantivos não-contáveis.

Dica 2: Se você pode usar many com um substantivo (quando ele é pluralizado), ele é um substantivo contável. Se você pode usar much com um substantivo, ele é um substantivo não-contável.

sábado, 26 de março de 2011

Diferenças entre "Each" e "Every"

Each e Every

Vamos examinar as diferenças entre essas duas palavras aparentemente similares iniciando com os seguintes exemplos: "Each and every one of us, owes duties towards the nation in which we reside". Aqui, ambas as palavras foram usadas, mas é muito claro que cada uma delas precisa de outra palavra (quer poderia ser qualquer coisa - "one", "man", "woman", "child", "thing" etc.) para completar seu significado.
     Each refere-se a alguém, e "every" refere-se a todos. Ambos são normalmente usados juntos na frase 'each and every' para implicar o impacto.

     'Each' e 'every' pode também ser usado na mesma sentença correta, mas há mais usos adequados para a primeira (each), e às vezes é mais adequado usar a última (every). Por exemplo: "Each man for himself", "Every man for himself", "Each item should be listed", "Every item should be listed". Todas essas quatro sentenças parecem corretas à primeira vista, mas você perceberá que 'each' é mais adequado para pessoas, e 'every' mais para coisas. Assim, a primeira e a última das quatro sentenças são mais apropriadas do que a segunda e a terceira.

     Vamos examinar mais exemplos: "Each of us should look after everyone else". Aqui, mesmo se tanto 'each' quanto 'every' se referem a pessoas, é prudente usar 'each' em primeiro lugar, de modo que 'every' possa ser livremente usado na parte final da sentença. Se every fosse usado duas vezes, isso faria com que a sentença parecesse estranha.
  
     Each e every são determinantes (uma palavra modificadora que determina o tipo de referência que um substantivo ou grupo de substantivos tem, v.g., a, the, every. Each indica dois ou mais objetos ou pessoas e every indica três ou mais.

     Each é equivalente a both:

  • My parents have moved to the capital. Each of them works in a bank. (ou they both work...,/ they each work..., Porém não: Every one of them works...
  • We each had a suitcase and each one weighted over 30 kilos. (= duas pessoas, duas malas);
  • Each é equivalente a individual, every a all
    Costumanos usar each se estamos pensando sobre membros de um grupo individualmente, e every se estamos pensando no grupo em sua totalidade. Compare:
  • We gave each child who came to the party a present. We handed them out one by one.
     Every e não each

     Com advérbios - almost, nearly, practically etc., temos que usar every para enfatizar aquilo que estamos falando sobre o grupo como um todo:
  • Practically every person in the room had dated Samantha at some time or another;
  • Nearly every chocolate had been eaten. There were hardly any left for the boys when they arrived home.
     Temos que usar every para referirmo-nos a eventos repetitivos, como em once every, twice every etc. Veja:
  • My hearing is getting worse and worse and I have to go to the hospital for a hearing test once every so often - about once every six months;
  • You ask me single day when Joan will be returning and every single day I tell you that I do not know.
Each e não every

     Lembre-se apenas que each pode ser usado como um pronome, independentemente de se estivermos descrevendo dois ou mais coisas ou três ou mais coisas:
  • No, no. It's not U$ 30 for both of them. They each cost U$ 30. (ou: they cost U$30 each);
  • The inheritance was shared out equally among their six children. Each (of them) received U$ 32,000
     Se quisermos usar every de maneira similar, indicando três ou mais de alguma coisa, devemos inserir one antes delas de maneira que every não tenha forma pronominal. Um monte de word stress (acentos tônicos) são colocados em one de modo que na prática isto signifique every single one of them. Podemos usar each one of them de um modo similar. Veja:
  • The inheritance was shared out equally among the six children. Every one of them received U$ 32,000.

Horário de Londres -


segunda-feira, 21 de março de 2011

Introudção à Teoria das Relações Internacionais

     Relações Internacionais é o estudo das relações entre países, incluindo os papéis dos Estados, organizações intergovernamentais, organizações não-governamentais internacionais, oganizações não-governamentais e corporações multinacionais. É tanto um campo acadêmico quando um campo de política pública, e pode ser tanto positivo ou normativo, pois ela busca tanto analisar como também formular a política externa de estados particulares. É com frequência considerada um ramo da Ciência Política, mas o setor acadêmico pretende tratá-la como um campo de estudo transdiciplinar.
     Diferentemente da Ciência Política, as Relações Internacionais baseia-se em diversos campos tais como economia, história, direito internacional, filosofia, geografia, sociologia, antropologia, psicologia e estudos culturais. Ela envove uma extensa gama de assuntos, incluindo: globalizãção, soberania do Estado, sustentabilidade ecológica, proliferação nuclear, nacionalismo, desenvolvimento econômico, finanças globais, terrorismo, crime organizado, intervenção externa e direitos humanos.

História

     A história das relações internacionais remonta à celebração da Paz de Westfália, em 1648.
  

domingo, 20 de março de 2011

A diferença entre adjetivos e advérbios no Inglês

Regras básicas: Os adjetivos

     Os adjetivos modificam substantivos. Modificar significa mudar de alguma maneira. Por exemplo:


  • "I ate a meal". Meal é um substantivo. Nós não conhecemos o tipo de refeição; tudo o que nós sabemos é que alguém comeu uma refeição. 
  • "I ate an enormous lunch". Lunch é um substantivo, e enormous é um adjetivo que o modifica. Ele nos diz que tipo de refeição a pessoa comeu. 
     Os adjetivos normalmente respondem estas questões: "What kind?" ou "Which?" ou "How many?". Por exemplo:
  • "That tall girl is riding a new bike." Tall nos diz de qual (which) garota nós estamos falando. New nos diz que tipo de (what kind of) bicicleta nós estamos falando. 
  • "The tough professor gave us the final exam." Tough nos diz que tipo de professor nós estamos falando. Final nos diz de qual exame nós estamos falando.
  • "Fifteen students passed the midterm exam; twelve students passed the final exam". Tanto fifteen e twelve nos diz quantos (how many) estudantes; tanto midterm e final nos diz qual (which) exame.
     Assim, geralmente falando, os adjetivos respondem as seguintes questões:
  • Which?
  • What kind of?
  • How many?

Regras básicas: Advérbios

     Advérbios modificam verbos, adjetivos e outros advérbios. (você pode reconhecer advérbios facilmente porque muitos deles são formados ao se acrescentar -ly a um adjetivo, (embora isto não seja sempre o caso). A questão mais comum que os advérbios respondem é how.

Veja os verbos primeiro.
  • "She sang beautifully". Beautifully é um advérbio que modifica sang. Ele nos diz como ela cantou.
  • "The cellist played carelessly". Carelessly é um advérbio que modifica played. Ele nos diz como o violoncelista tocou.
Os advérbios podem modificar adjetivos e outros advérbios.
    • "That woman is extremely nice." Nice é um adjetivo que modifica o substantivo woman. Extremely é um advérbio que modifica nice; ele nos diz quão (how) nice ela é. How nice is she? She's extremely nice.
    • "It was a terribly hot afternoon". Hot é um adjetivo que modifica o substantivo afternoon. Terribly é um advérbio que modifica o adjetivo hot. How hot is it? It's terribly hot.
     Assim, geralmente falando, os advérbios respondem a questão how. (eles podem também responder as questões when, where e why).

Algumas outras regras

     Na maioria das vezes, os adjetivos vêm antes dos substantivos. Contudo, eles vêm depois dos substantivos que eles modificam, sempre quando o verbo é um dos seguintes:
  • be
  • feel
  • taste
  • smell
  • sound
  • look
  • appear
  • seem
Alguns exemplos:
  • "The dog is black". Black é um adjetivo que modifica o substantivo dog, mas ele vem depois do verbo. (lembre-se de que "is" é uma forma do verbo "be").
  • "Brian seems sad". Sad é um adjetivo que modifica o substantivo Brian.
  • The milk smeels rotten. Rotten é um adjetivo que modifica o substantivo milk.
  • The speaker sound hoarse. Hoarse é um adjetivo que modifica o substantivo speaker.
     Assegure-se de compreender a diferença entre os seguintes exemplos:

"The dog smells carefully. Aqui, carefully descreve como o cão está cheirando. 

"The dog smells clean. Aqui, clean descreve o cão em si. Não é que o cão cheira coisas limpas; é que ele tem tomado um banho e não está fedendo.

Evitando erros comuns

1. Bad ou Badly

Quando você quer descrever como você se sente, você deveria usar um adjetivo. Assim, você diria, "I feel bad". Dizer "I feel badly" seria como dizer você joga futebol muito mal. "I feel  badly" significaria que você está incapaz de sentir, como se suas mãos estivessem paralisadas. Mais alguns exemplos:
  • The dog smells badly. Aqui, badly significa que o cão não faz um bom emprego do cheiro. 
  • The dog smells bad. Aqui, "bad" significa que o cão precisa de um banho.
2. Good ou well

Good é um adjetivo, então você não faz bem (do good) e vive (live good), mas você faz bem (do well) e vive bem (live well). Lembre-se, contudo, que um adjetivo segue verbos de sentido (sense-verbs) e verbos de ser (be-verbs), então você também feel good, look good, smell good, are good, have been good, etc. Assim:
  • My mother looks good. Isto nçao significa que ela tem uma boa visão; significa que ela parece saudável.
3. Sure ou surely

Sure é um adjetivo, e surely é um advérbio. Por exemplo:
  • "He is sure about his answer". Sure descreve he;
  • "The Senator spoke out surely". Aqui, surely descreve como o Senador falou. 
N.B. Surely pode também ser usado como um sentence-adverb (um advérbio que expressa uma atitude ao conteúdo da sentença em que ele ocorre ou coloca a sentença em um contexto particular). Por exemplo, "Surely, you're joking". Aqui, surely descreve a sentença toda "you're joking". A sentença significa mais ou menos: "You must be joking".

4. Near ou Nearly?

Near pode funcionar como um verbo, advérbio, adjetivo ou preposição. Nearly é usado como um advérbio para significar "em uma maneira próxima" ou "quase mas não o bastante". Aqui há alguns exemplos que demonstram as diferenças entre vários usos de near e nearly.

  • "I'll be seeing you in the near future." Aqui, near descreve o substantivo "future"
  • "Don't worry; we're nearly there". Aqui, nearly descreve quão próximo nós estamos.
Near pode também ser usado como um verbo e como uma preposição. 
  • "My granduation neared". Aqui, neared é o verbo da sentença. 
  • "I want the couch near the window". Near é uma preposição conduzindo a frase "near the window". 
Adjetivos com substantivos contáveis e incontáveis

     Um substantivo contável é aquele que pode ser expressado na forma plural, normalmente com um "s". Por exemplo, "cat-cats", "season-seasons", "student-students."
     Um substantivo não-contável é aquele que normalmente não pode ser expresso em uma forma plural. Por exemplo: "milk", "water", "air", "money", "food". Normalmente, você não pode dizer, "He had many moneys."
     Na maioria das vezes, isto não há problema com os adjetivos. Por exemplo, você pode dizer, "The cat was gray" ou "The air was gray". Contudo, a diferença entre um substantivo contável e um não-contável importa a certos adjetivos, como os seguintes:

  • some/any
  • much/many
  • little/few
  • a lot of/lots of
  • a little bit of 
  • plenty of
  • enough
  • no  
Some/any

Tanto "some" quanto "any" podem modificar substantivos contáveis e não-contáveis

  • There is some water on the floor
  • There are some Mexicans here
  • Do you have any food?
  • Do you have any apples?
Much/many

"Much" modifica somente substantivos não-contáveis
  • "They have so much money in the bank."
  • The horse drinks so much water
"Many" modifica somente substantivos contáveis
  • "Many Americans travel to Europe."
  • "I collected many sources for my paper."
Little/few

"Little" modifica somente substantivos não-contáveis".
  • He had little food in the house".
  • "When I was in college, there was little money to spare."
"Few" modifica somente substantivos contáveis
  • "There is a few doctors in town".
  • "He had few reasons for his opinion."
A lot of/lots of

"A lot of" e "lots of" são substitutos informais para "much" e "many". Eles são usados com substantivos não-contáveis quando eles significam "much" e com substantivos contáveis quando eles significam "many"


Apositivos

Um apositivo é um substantivo ou pronome - frequentemente com modificadores - colocados junto a outro substantivo ou pronome para explicá-lo ou identificá-lo. Veja alguns exemplos de apositivos (o substantivo ou pronome ficará em azul, o apositivo em vermelho):

Your friend Bill is in trouble.

My brother's car, a sporty red convertible with bucket seats, is the envy of my friends.

The chief surgeon, an expert in organ-transplant procedures, took her nephew on a hospital tour.

Una frase apositiva normalmente segue a palavra que ela explica ou identifica, mas ela pode também precedê-la:

A bold innovator, Wassily Kadinsky, is known for his colorful abstract paintings.

The first state to ratify the U.S. Constitution, Delaware is rich in history.

A beautiful collie, Skip was my favorite dog.

Pontuação de apositivas

Em alguns casos, o substantivo a ser explicado é muito geral sem o apositivo; a informação é essencial ao significado da sentença. Quando este for o caso, não coloque vírgulas em volta do apositivo, apenas deixe-o sozinho. Se a sentença deveria ser clara e completa sem o apositivo, então as vírgulas são necessárias; coloque uma antes e outra depois do apositivo.

Alguns exemplos:

The popular US president John Kennedy was known for his eloquent and inspitational speeches.

Aqui nós não colocamos vírgulas em torno do apositivo porque ele é informação essencial. Sem o apositvo, a sentença seria, "The popular US president was known for his eloquent and inspirational speeches". Nós não saberíamos a qual presidente estaríamos nos referindo.

John Kennedy, the popular US president, was known for his eloquent and inspirational speeches.

Aqui nós colocamos vírgulas em torno do apositivo porque ele não é informação essencial. Sem o apositivo, a sentença seria "John Kennedy was known for his eloquent and inspirational speeches".

John Kennedy the popular US president was quite different from John Kennedy the unfaithful husband.

Aqui nós não colocamos vírgulas em nenhum dos dois apositivos porque ambos são essenciais ao entendimento da sentença. Sem os apositivos, a sentença seria simplesmente que John Kennedy was quite different from John Kennedy.

Artigo

O que é um artigo? Basicamente, um  artigo é um adjetivo. Como adjetivo, os artigos modificam substantivos.

O Inglês tem dois artigos: the e a/an. The é usado para se referir a substantivos específicos ou particulares; a/an é usado para modificar substantivos não-específicos ou não-particulares. Nós chamamos the de artigo definido e a/an de artigo indefinido.

Por exemplo, se eu digo, "Let's read the book", eu quero dizer um livro específico. Se eu digo "Let's read a book", eu quero dizer qualquer livro em vez de um livro específico.

 Essa é a outra maneira de explicá-lo: The é usado para se referir a um membro ou particular de um grupo. Por exemplo, "I would like to go see a movie". Aqui, nós não estamos falando sobre um filme específico. Nós estamos falando sobre qualquer filme. Há muitos filmes, e eu quero ver qualquer filme. Eu não tenho algum específico em mente.

Artigo indefinido: a e an

"A" e "an" assinala que o substantivo modificado é indefinido, referindo a qualquer membro de um grupo. Por exemplo:

  • My daughter really wants a dog for Christmas". Isto se refere a qualquer cão. Nós não sabemos qual cão pois não temos encontrado ele ainda. 
  • Somebody call a policeman! Isto refere a qualquer policial. Nós não precisamos de um policial específico; nós precisamos de qualquer policial que esteja disponível.
Lembre-se, usar a ou an do som que começa a próxima palavra. Então:
  • a + substantivo singular iniciado com uma consoante: a boy; a car; a bike; a zoo; a dog
  • an + substantivo singular iniciado com uma vogal: an elephant; an egg; an apple; an idiot; an orfan
  • a + substantivo singular iniciado com uma consoante sonora: a user; a university; a unicycle
Gramática

Presente Simples

verbo/verbo + (e)s      He plays tennis
do/does not + verbo   She doesn't play tennis
do/does...+ verbo?     Do you play tennis?

Nós usamos o presente simples:
  • para falar sobre hábitos regulares ou ações repetidas:
I get up really early and practise for an hour or so most days.
I use the Internet just about every day.

Palavras que descrevem com que frequência ou quando são frequentemente usadas (e.g., always, generally, normally, usually, often, sometimes, rarely, never, every day, every evening);
  • Para falar sobre situações permanentes:
My parents own a restaurant

Obs.: Usamos o present perfect, e não o present simple, para dizer até quando algo tem continuado:

I have worked there since I was 15. ( e não I work there since I was 15);
  • Para falar sobre fatos ou verdades geralmente aceitas:
Students don't generally have much money.
If you heat water to 100 ºC, it boils.

As seguintes palavras são frequentemente usadas: generally, mainly, normally, usually, traditionally.

quinta-feira, 17 de março de 2011

O emprego do pronome indefinido rien

     Com ne, exprime a negação ou a falta de alguma coisa, em função do sujeito, do complemento ou do atributo: Cela ne signifie rien. Un écrivain qui n'a plus rien à dire. Rien ne le surprend.
     Sem ne, tem um valor negativo nas respostas e nas frases sem verbo: << À quoi pensez-vous? - À rien. >> Rien vu, rien entendu. 
     Sem ne, tem o sentido de "qualquer coisa", "o que quer que seja" nas frases interrogativas, duvidosas, as subordinadas dependem de uma oração principal negativa, com certos verbos de significado, após avant de ou que, sans, sans que,  trop...pour etc.: Est-il rien de plus injuste que cette mesure? Impossible de rien tenter actuellement. Sans que rien le laisse prévoir, il a démissionné.
     Cela ne fait rien, cela n'aucune importance.
     Cela ou rien, c'est la même chose, cela n'a aucun effet, ne compte pas.
     Ce (cela) n'est rien, c'est une chose sans importance, sans gravité.
     Familier: Ce n'est pas rien, c'est une chose notable, avec laquelle il faut compter.
     En rien, en aucune façon, nullement.
     Rien que, seulement

Significados

1. Rien empregado no sentido de qualquer coisa, o que quer que seja. Rien quer dizer etmologicamente      << qualquer coisa >>.  

2. Rien empregado sem ne com  um valor negativo: Rien pode ter um valor negativo sem ser acompanhado da negação ne: il est parti de rien; et moi, je compte pour rien?

3. Ne...rien de moins que/ne... rien moins que. Não confundir estas duas construções de sentidos opostos:
     
     Ne...rien de moins que = vraiment, precisement, bel et bien. Ce geste n'est rien de moins qu'un acte d'héroïsme (= c'est un acte d'héroïsme).
     Ne...rien moins que = ne...pas du tout, nullement. Il n'est rien moins que savant (= il n'est pas du tout savant, il est ignorant).

Recomendação: Estas duas construções levam à confusão, até mesmo ao erro de compreensão. É preferível evitá-las. 



quarta-feira, 16 de março de 2011

O Congresso de Viena

     O Congresso de Viena foi uma conferência de embaixadores dos Estados Europeus encabeçado por Clement Wenzel von Metternich, sediado em Viena de setembro de 1814 a junho de 1815. O objetivo do Congresso era resolver as principais questões surgidas das guerras revolucionárias napoleônicas, e a dissolução do Santo Império Romano. Este objetivo resultou no redemarcação do mapa político do continente, estabelecendo os limites da França, o ducado Napoleônico de Varsóvia, os Países Baixos, os Estados de Rhine, a província germânica da Saxônia, e vários territórios italianos, e a criação das esferas de influência (no campos das Relações Internacionais, uma esfera de influência é uma área ou região sobre a qual um estado ou organização tem significativa influência cultural, econômica, militar ou política) por meio da qual França, Aústria, Rússia e Inglaterra mediaram os problemas locais e regionais. O Congresso de Viena foi o primeiro de uma série de encontros internacionais que vieram a ser conhecidos como o Concerto Europeu, que foi uma tentativa para forjar um equilíbrio de poder (em relações intenacionais, um equilíbrio de poder existe quando há uma paridade ou estabilidade entre as forças concorrentes. O conceito descreve um estado de assuntos no sistema internacional e explica o comportamento dos Estados naquele sistema) pacífico na Europa e serviu como um modelo para organizações posteriores, tais como a Liga das Nações e as Nações Unidas.
     O acontecimento imediato foi a derrota da França Napoleônica e sua rendição em Maio de 1814, que pôs um fim aos 25 anos de guerra quase contínuos. As negociações continuaram apesar da eclosão da luta desencadeada pelo retorno dramático de Napoleão do exílio e a retomada do poder na França durante os Cem Dias de Março a Junho de 1815. O Ato Final do Congresso foi assinado nove dias antes de sua derrota final em Waterloo em 18 de junho de 1815.
    Em um sentido técnico, o Congresso de Viena não foi propriamente um Congresso: ele nunca se reuniu em sessão plenária e a maioria das discussões ocorreram em sessões informais, cara-a-cara, entre as Grandes Potências da França, Reino Unido, Áustria, e Rússia, e às vezes Prússia, com uma participação limitada ou nenhuma participação por outros Estados. Por outro lado, o Congresso foi a primeira ocasião na história em que as pessoas se reuniram em uma escala mundial para formular tratados, em vez de apoiar-se principalmente sobre mensageiros e mensagens entre as várias capitais. O estabelecimento do Congresso de Viena, apesar de posteriores mudanças, formou a estrutura para as políticas internacionais européias até a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914.

Preliminares

     Os assentamentos parciais já tinham ocorrido no Tratado de Paris entre França e a Sexta Coalisão, e o Tratado de Kiel que abrangeu questões levantadas a respeito da Escandinávia. O Tratado de Paris tinha determinado que um "congresso geral" deveria ser mantido em Viena, e que convites seriam emitidos para "todas as Potências engajadas em ambos os lados na guerra atual".

Participantes

As quatro Grandes Potências e a França dos Bourbons

     As quatro Grandes Potências tinham anteriormente formado o núcleo da Sexta Coalisão. Próximo à derrota de Napoleão eles tinham delineado suas posições comuns no Tratado de Chaumont (Março de 1814), e negociado o Tratado de Paris (1814) com os Bourbons:

  • A Áustria foi representada pelo Príncipe Metternich, Ministro das Relações Exteriores, e por seu deputado, o Barão Johann von Wessenberg;
  • O Reino Unido foi primeiramente representado por seu Secretário de Assuntos Estrangeiros, o Vosconte Castlereagh;
  • Embora a delegação oficial da Rússia fora conduzida por seu Ministro das Relações Estrangeiras, o Conde Karl Robert Nesselrode, o Czar Alexandre I foi também à Viena e considerou-se, de fato,  seu único plenipotenciário;
  • A Prússia estava representada pelo Príncipe Karl August von Hardenberg, o Chanceler, e pelo diplomata e intelectual Wilhem von Humboldt;
  • A França, a "quinta Potência", estava representada por seu Ministro das Relações Estrangeiras, Charles Maurice de Talleyrand-Périgord. Talleyrand já tinha negociado o Tratado de Paris (1814) para Luís XVI da França, o Rei contudo dele desconfiava. O Ministro estava negociando com Metternich em particular - secretamente, por carta. 

O emprego do pronome relativo dont

Emprego

Dont pode representar pessoas ou coisas, e se emprega para de qui, duquel, desquels etc.: une personne dont j'ai oublié le nom; ces voyageurs, dont beaucoup viennent de loin; le mal dont il est atteint; le métal dont est fait ce bijou. 

Nota: Dont equivale assim a um complemento introduzido por de: le nom de la personne...; beaucoup de ces voyageurs...; il est atteint du mal...; ce bijou est fait du métal.

1. Dont não pode depender de um complemento introduzido por uma preposição: Se diz la personne au sort de laquelle je m'intéresse ( e não: la personne dont je m'intéresse au sort); le pays sur le sol duquel j'ai posé le pied ( e não: le pays dont j'ai posé les pieds sur le sol)

2. Dont exclui o emprego do pronome en ou de um adjetivo possessivo em relação ao seu antecedente na mesma preposição. Se diz les personnes présents, dont je connais plus de la moitié (e não: dont j'en connais plus de la moitié).

3. C'est cela dont/c'est de cela que. As duas construções são igualmente corretas: c'est cela dont j'ai besoin; c'est de cela que j'ai besoin.

4. Dont/d'où. Hoje, dont não é mais empregado no sentido concreto para indicar o movimento fora de um lugar. Se diz: le pays d'où il vient; la maison d'où il est sorti. Por outro lado, ele é empregado para indicar a proveniência, a origem: la famille dont il est issu.

Usos

1. (exprimindo a parte de um todo - pessoas) of whom; (coisas) of which.
     les livres dont la plupart ne valent rien .:. most of which are worthless.
    deux personnes ont téléphoné, dont ton frère .:. two people phoned, including you brother.

3. (exprimindo o complemento do adjetivo)
    le service dont vous êtes responsable .:. the service for which you are responsible.
    c'est la seule photo dont je suis fier .:. it's the only photograph I'm proud of ou of which I'm proud.

4. (exprimindo o obj. indireto)
    ce dont nous avons discuté .:. what we talked about.

5. (exprimindo o complemento do verbo) - indicando a proveniência, o agente, a maneira etc.
    une personne dont on ne sait rien .:. a person nobody knows anything about.
    cette femme dont je sais qu'elle n'a pas d'enfants .:. that woman who I know doesn't have any children.
  

quarta-feira, 9 de março de 2011

O plano Monnet

     Logo após a 2ª. guerra mundial a França estava em um estado de extrema necessidade de reconstrução, e era totalmente dependente da matéria-prima de que necessitada para isso, o carvão, que estava nas principais áreas carboníferas que ainda restaram na Alemanha.
     Assim, em 1945, Monnet propôs o chamado Plano Monnet, também conhecido como teoria da engrenagem, para assumir o controle das áreas de produção de carvão restantes da Alemanha e redirecionar a produção da indústria alemã para a da França, enfraquecendo a economia alemã e fortalecendo a francesa. O plano foi adotado por Charles De Gaulle no início de 1946.
     Posteriormente, com o acordo feito pela Alemanha em aderir à Comunidade Européia do Carvão e do Aço, em 1951, ou também chamado Plano Schuman, o desmantelamento progressivo dos Aliados da indústria alemã finalmente cessou e algumas das restrições impostas à produção industrial alemã foram suspendidas.
     O Plano Monnet tinha pretensões tanto internacionais quanto domésticas. O único objetivo da modernização era tornar a economia francesa mais competitiva internacionalmente no futuro, particularmente contra a competição germânica. Mas o Plano Monnet foi mais do que isso. O aumento projetado na produção de aço, por exemplo, só fazia sentido econômico se se suposse que as exportações de aço da França substituiriam primeiro as exportações de aço da Alemanha. Além disso, este aumento da produção só poderia ser alcançado ao aumentar a produção de coque e carvão na economia francesa.  
     A idéia de um parque industrial europeu começou a sr dovulgada na imprensa francesa naquele tempo, e desde então isto foi abertamente discutido em círculos diplomáticos.
     Monnet acreditava ser estremamente difícil construir um edifício europeu do topo em direção à base. Em vez disso, ele previu uma Europa construída sobre bases funcionais ao integrar setores chave da economia a fim de criar uma solidariedade genuína entre os parceiros. Por esta razão, do início da década de 1950 em diante, ele começou a considerar o estabelecimento de um mercado comum baseado nos setores do carvão e do aço, que era vital tanto para a indústria civil quanto para a militar. Contudo, seu plano diferia da maior parte dos planos de cooperação internacional sob consideração no setor do aço, uma vez que, a princípio, Monnet apresentava os parques do aço e do carvão como um estágio indispensável porém transitivo em direção à criação de uma federação Européia.
     Colocar o carvão e o aço sob controle internacional também possibilitou encarar o fim do controle dos Aliados sobre Ruhr com segurança, eliminando assim o risco de serem criados cartéis industriais de produção de carvão na Alemanha. Sob essas condições, tanto a França quanto a Alemanha concordariam em se submeter ao controle internacional, a fim de assegurar que o mercado comum em carvão e aço sobrevivesse da melhor maneira possível.
     O Ministro das Relações Estrangeiras Francês, Robert Schuman, estava convencido de que a idéia da fusão da produção européia do aço e do carvão era o enfoque certo, e ele portanto decidiu assumir a responsabilidade política para o Plano. Schuman, um político de Lorraine, poderia ver um número notável de vantagens no Plano Monnet:

  • ele promoveria a reconciliação Franco-Germânica;
  • o carvão e o aço seriam gerenciados para fins pacíficos;