quarta-feira, 9 de março de 2011

O plano Monnet

     Logo após a 2ª. guerra mundial a França estava em um estado de extrema necessidade de reconstrução, e era totalmente dependente da matéria-prima de que necessitada para isso, o carvão, que estava nas principais áreas carboníferas que ainda restaram na Alemanha.
     Assim, em 1945, Monnet propôs o chamado Plano Monnet, também conhecido como teoria da engrenagem, para assumir o controle das áreas de produção de carvão restantes da Alemanha e redirecionar a produção da indústria alemã para a da França, enfraquecendo a economia alemã e fortalecendo a francesa. O plano foi adotado por Charles De Gaulle no início de 1946.
     Posteriormente, com o acordo feito pela Alemanha em aderir à Comunidade Européia do Carvão e do Aço, em 1951, ou também chamado Plano Schuman, o desmantelamento progressivo dos Aliados da indústria alemã finalmente cessou e algumas das restrições impostas à produção industrial alemã foram suspendidas.
     O Plano Monnet tinha pretensões tanto internacionais quanto domésticas. O único objetivo da modernização era tornar a economia francesa mais competitiva internacionalmente no futuro, particularmente contra a competição germânica. Mas o Plano Monnet foi mais do que isso. O aumento projetado na produção de aço, por exemplo, só fazia sentido econômico se se suposse que as exportações de aço da França substituiriam primeiro as exportações de aço da Alemanha. Além disso, este aumento da produção só poderia ser alcançado ao aumentar a produção de coque e carvão na economia francesa.  
     A idéia de um parque industrial europeu começou a sr dovulgada na imprensa francesa naquele tempo, e desde então isto foi abertamente discutido em círculos diplomáticos.
     Monnet acreditava ser estremamente difícil construir um edifício europeu do topo em direção à base. Em vez disso, ele previu uma Europa construída sobre bases funcionais ao integrar setores chave da economia a fim de criar uma solidariedade genuína entre os parceiros. Por esta razão, do início da década de 1950 em diante, ele começou a considerar o estabelecimento de um mercado comum baseado nos setores do carvão e do aço, que era vital tanto para a indústria civil quanto para a militar. Contudo, seu plano diferia da maior parte dos planos de cooperação internacional sob consideração no setor do aço, uma vez que, a princípio, Monnet apresentava os parques do aço e do carvão como um estágio indispensável porém transitivo em direção à criação de uma federação Européia.
     Colocar o carvão e o aço sob controle internacional também possibilitou encarar o fim do controle dos Aliados sobre Ruhr com segurança, eliminando assim o risco de serem criados cartéis industriais de produção de carvão na Alemanha. Sob essas condições, tanto a França quanto a Alemanha concordariam em se submeter ao controle internacional, a fim de assegurar que o mercado comum em carvão e aço sobrevivesse da melhor maneira possível.
     O Ministro das Relações Estrangeiras Francês, Robert Schuman, estava convencido de que a idéia da fusão da produção européia do aço e do carvão era o enfoque certo, e ele portanto decidiu assumir a responsabilidade política para o Plano. Schuman, um político de Lorraine, poderia ver um número notável de vantagens no Plano Monnet:

  • ele promoveria a reconciliação Franco-Germânica;
  • o carvão e o aço seriam gerenciados para fins pacíficos;

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